Bitcoin: a moeda atingiu o patamar dos 70.000 reais pela primeira vez (Denes Farkas/Thinkstock)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 21 de outubro de 2020 às 15h18.
Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 17h38.
Cotado acima de 12.000 dólares pela primeira vez desde janeiro de 2018, o bitcoin (BTC) ainda está distante do seu preço mais alto já registrado - perto de 20.000 dólares em dezembro de 2017. No entanto, acaba de atingir um feito histórico: o recorde de preço no Brasil.
Nesta quarta-feira (21), a principal criptomoeda do mercado é cotada por volta de 12.700 dólares, mas a alta no preço da moeda americana faz com que as exchanges brasileiras negociem o ativo acima dos 70.000 reais pela primeira vez na história. Bitcoin é coisa de nerd? Está na hora de abrir a cabeça. Conheça a EXAME Research.
Em 2017, quando o bitcoin era negociado no mercado internacional a 19.665 dólares - preço mais alto já registrado -, as exchanges de criptomoedas brasileiras chegaram a negociar o ativo ao preço máximo de 69.702 reais.
Desta vez, após semanas sendo negociado acima de 60.000 reais nas plataformas nacionais, o bitcoin rompeu a resistência dos 12.000 dólares após mais de dois anos e superou a marca histórica, chegando a ser negociado acima de 72.100 reais em algumas das principais exchanges brasileiras, como Foxbit e Mercado Bitcoin.
A máxima histórica do bitcoin no país chega após o ativo digital acumular alta de 6,25% e negociar 26,7 bilhões de dólares (cerca de 150 bilhões de reais) em BTC nas últimas 24 horas, segundo o site Nomics.
No entanto, é o preço do dólar que faz com que o BTC chegue ao seu maior patamar da história no mercado brasileiro.
Em dezembro de 2017, quando o bitcoin chegou perto de 20.000 dólares, a moeda americana era negociada na faixa de 3,30 reais no país. Atualmente, a moeda norte-americana é cotada na faixa de 5,60 reais, o que explica o recorde "localizado" no preço da criptomoeda.
Apontada como a moeda nacional que mais desvalorizou em 2020, o real tem ajudado os investidores de criptomoedas, fazendo com que os preços cheguem a patamares cada vez mais altos. O mesmo fenômeno foi visto em países que sofreram com desvalorização cambial acentuada recentemente, como Venezuela e Argentina - nesses dois casos, o BTC atingiu seu preço mais alto da história entre abril e maio de 2020.