Criptoativos

Blockchain brasileiro paga bônus por mineração de bitcoin sustentável

A Hathor Labs anuncia que bonificará os mineradores que utilizarem fontes renováveis de energia na obtenção de bitcoin combinada com o token HTR

 (rkankaro/Getty Images)

(rkankaro/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 15 de junho de 2021 às 15h37.

A Hathor Labs, consultoria de software que desenvolve soluções para negócios e organizações utilizando o blockchain desenvolvido no Brasil hathor Network, anunciou que bonificará os mineradores de bitcoin que utilizarem fontes renováveis de energia no processo de obtenção de criptomoedas - o token nativo da rede, o HTR, é obtido no mesmo processo de mineração do bitcoin.

O incentivo acontecerá por meio do lançamento da plataforma Hathor Green, a primeira iniciativa nas áreas ambiental, social e de governança da startup, fundada em 2018.

As inscrições para os mineradores interessados vão até 8 de julho. Podem participar mineradores individuais ou profissionais não apenas de bitcoin, mas de todas as criptomoedas baseadas no algoritmo de mineração SHA256, desde que a atividade também esteja com a mineração compartilhada habilitada na Hathor Network.

Para receber o bônus, os participantes do programa devem apresentar documentação que comprove a utilização de uma fonte de energia renovável, bem como o endereço da carteira em que recebem os tokens HTR minerados.

Se aprovados, os mineradores receberão um bônus mensal em HTR com base na porcentagem das recompensas de mineração e poder de hashing dado à Hathor Network. “Fornecer incentivos extras aos mineradores de bitcoin que usam energia limpa é uma das melhores maneiras de encorajar outros a segui-los”, afirma Guto Martino, head de Marketing da Hathor Labs.

Bônus em mineração

No próximo trimestre, a empresa anunciará uma nova fase do programa, com medidas para quem utiliza energia de matriz fóssil e pretende compensar as emissões de CO2 da atividade de mineração.

A Hathor Network utiliza um mecanismo de consenso híbrido criado pelo engenheiro Marcelo Brogliato, CTO da startup, durante sua tese de doutorado. Nele, as novas transações feitas na rede recebem confirmações tanto diretamente de transferências prévias (DAG), quanto de blocos minerados a partir do método Proof-of-Work.

A empersa destaca como exemplos de fontes renováveis: hídrica (energia da água dos rios), solar (energia do sol), eólica (energia do vento), biomassa (energia de matéria orgânica), geotérmica (energia do interior da Terra), oceânica (energia das marés e das ondas) e hidrogênio (energia química da molécula de hidrogênio).

O Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, estima que o consumo anual de eletricidade da rede bitcoin totaliza cerca de 145 TWh, sendo responsável por cerca de 0,65% do consumo total de eletricidade global.

Os pesquisadores ingleses calculam que cerca de 40% desse consumo provém de fontes renováveis, o que está longe do ideal, mas em um patamar muito maior do que a matriz global, que usada apenas 25% de energia renovável.

por Cointelegraph Brasil
Acompanhe tudo sobre:BitcoinBlockchainCriptomoedasEnergia renovávelSustentabilidade

Mais de Criptoativos