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Bitcoin e criptomoedas: especialistas dão dicas para começar a investir

Especialistas dão detalhes sobre formas de investimento e passam dicas valiosas para quem quer começar a investir em bitcoin e criptomoedas

 (imaginima/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 22 de abril de 2021 às 19h44.

Última atualização em 22 de abril de 2021 às 20h34.

Em uma live realizada pela EXAME na noite desta quinta-feira, 22, especialistas em criptoativos do BTG Pactual explicaram o funcionamento deste mercado e deram dicas sobre como começar a investir no setor. Eles também deram detalhes sobre o fundo de bitcoin lançado recentemente pelo banco, que tem investimento mínimo a partir de um real.

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"Existem quatro formas de se expor aos criptoativos. A primeira é peer-to-peer, de pessoa para pessoa, que é a maneira pela qual o protocolo foi criado. A segunda são as corretoras de criptoativos. A terceira, os fundos, que te protegem de questões e riscos ligados à custódia. E a quarta são os ETFs, que também é um investimento via fundo, mas suas cotas são negociadas em bolsas de valores", explicou Nicholas Sacchi, especialista em criptoativos e coordenador do Future of Money, um portal exclusivo da EXAME.

Will Landers, head de renda variável da BTG Pactual Asset Management, falou sobre o crescimento do setor de criptoativos e explicou sobre o surgimento de novos produtos ligados a este mercado: "Hoje, o bitcoin tem um valor de mercado, sozinho, maior do que a bolsa de valores brasilera como um todo. Isso mostra o tamanho, a liquidez e a procura que isso existe mundo afora. Foi por isso que lançamos esse fundo para o investidor brasileiro, para que ele tenha acesso a esse tipo de ativo de uma maneira muito mais simples. Existem várias formas de acessar o mercado, mas sem dúvidas um fundo é a mais simples e fácil".

Para quem está começando, afirmam os especialistas de forma unânime, as duas primeiras opções não são as mais recomendadas, já que necessitam certo conhecimento do funcionamento do mercado e envolvem riscos ligados à custódia dos ativos, que serão de responsabilidade do usuário. Para eles, fundos e ETFs evitam esse problema, já que a custódia é de responsabilidade do gestor.

No entanto, apontam que, mesmo com cobrança de taxa de administração, que não existe nos ETFs, os fundos têm outras vantagens. "Pra quem está começando, o investimento via fundo é diluído. De cada real que você coloca no fundo, 20 centavos são alocados em bitcoin. Se você não está acostumado com a volatilidade desse mercado, especialmente investidores mais conservadores, o investimento via fundo é um canal para acessar esse mercado de uma maneira mais 'light, sem ter que se expor tanto e colocar seu estômago em jogo", disse Nicholas.

"Fundos e ETFs são complementares, e não necessariamente excludentes. Um ETF exige um home broker e a expertise para esse tipo de negociação, enquanto fundos podem ser adquiridos em aplicativos simples. Além disso, os ETFs não têm taxa de administração, mas sua negociação envolve taxas de corretagem", explicou Eduardo Miquelotti, business manager da BTG Pactual Asset Management.

"Os fundos existem justamente para facilitar o seu trabalho como uma pessoa que quer investir mas não sabe exatamente para onde ir, delegando a tarefa para um profissional" comentou a moderadora do debate, Juliana Machado, especialista em fundos de investimento da EXAME Invest Pro, que também lembrou que, apesar de ter um ETF de criptomoedas aprovado pela CVM que começará a ser negociado nos próximos dias, os brasileiros não têm acesso a um ETF de bitcoin, como o recém-lançado fundo do BTG.

Eles também falaram sobre quanto um investidor que ainda não tem exposição ao bitcoin deve alocar nessa classe de ativos: "É um ativo interessante para diversificação de carteira, não para colocar 100% em bitcoin ou em cripto, da mesma forma que não é para colocar 100% em uma ação ou em um fundo. Mas é um diversificador, um ativo que vem mostrando um resultado forte nos últimos anos e que acredito que vai continuar a ganhar força", disse Will Landers.

"Você não precisa investir um grande percentual do seu patrimônio, na verdade a recomendação é que você não faça isso. Eu diria que até 5% do seu portfólio já está de bom tamanho. Uma brincadeira que eu faço é sugerir investir o dinheiro da pinga e não do leite, porque, caso você perca tudo, o chamado 'risco de ruína', que é um cenário hipotético e distante da realidade, você não vai sofrer tanto", comentou Nicholas.

Eles também mostraram otimismo sobre o futuro do mercado de criptoativos: "O bitcoin deu início a um movimento de revolução do dinheiro, de promover essa migração do dinheiro físico para o digital. É a primeira moeda independente de governos, sem fronteiras geográficas, que permite transferências para qualquer parte do mundo em minutos. É uma tecnologia que vai mudar a forma como a gente lida com dinheiro", disse Nicholas. "Acho que, sem dúvida nenhuma, é uma indústria que está evoluindo muito e sendo cada vez mais aceita por investidores mundo afora", completou Will Landers.

Atualmente, o Brasil tem diversos fundos de investimento em criptoativos, de diferentes gestoras e o produto lançado pelo BTG Pactual é o primeiro criado por um banco no país. O "BTG Pactual Bitcoin 20 FIM" tem taxa de performance de 0,5% ao ano, não tem taxa de performance e o investimento mínimo é a partir de um real. O produto pode ser adquirido no aplicativo do próprio banco e também em corretoras de valores que distribuem o fundo.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

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