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Cripto movimentou R$ 5 bilhões na B3 no primeiro tri, apesar de quedas

Investidores do varejo responderam por 90% do volume total negociado, sendo os ETFs os produtos de maior destaque

Os ETFs (fundos de índice) foram o instrumento preferido dos investidores para buscar exposição a criptomoedas na B3 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

Os ETFs (fundos de índice) foram o instrumento preferido dos investidores para buscar exposição a criptomoedas na B3 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 16 de maio de 2022 às 10h30.

Produtos financeiros vinculados a criptomoedas movimentaram R$ 5,1 bilhões através de 42 mil contratos registrados na B3 no 1° trimestre de 2022, de acordo com dados divulgados pela própria Bolsa em seu balanço trimestral. Os investidores pessoa física responderam por 90% deste total.

Os ETFs (fundos de índice) foram o instrumento preferido dos investidores para buscar exposição a criptomoedas na B3, respondendo por 96% dos contratos registrados. O ETF mais popular entre os investidores brasileiros no primeiro trimestre foi o HASH11, da gestora Hashdex.

(Mynt/Divulgação)

O HASH11 reflete o Nasdaq Crypto Index, um índice elaborado pela Hashdex em parceria com a bolsa norte-americana do setor de tecnologia, que busca refletir globalmente o movimento do mercado de criptoativos através da exposição diversificada a uma cesta variada de ativos digitais de alta capitalização.

Um ano após o seu lançamento, o HASH11 é, hoje, o segundo ETF mais negociado da B3, com 149.438 cotistas, de acordo com o mais recente boletim mensal divulgado pela B3.

Apesar do sucesso, a recente queda do mercado de criptomoedas fez com que a rentabilidade do HASH11 tenha chegado aos níveis mais baixos de rentabilidade desde que foi lançado em abril do ano passado.

Em sua estreia na Bolsa, o ETF de criptomoedas carro-chefe da B3 era cotado a R$ 52,65. Na manhã desta sexta-feira 13, a cota do fundo está sendo negociada por R$ 25,95. Assim, no acumulado dos últimos 12 meses, o fundo de índice de criptomoedas carro chefe da B3 desvalorizou 50%.

Outros ETFs populares entre os investidores brasileiros são o BITH11 e o QBTC11, integralmente vinculados ao Bitcoin (BTC), e o ETHE11, atrelado ao Ethereum (ETH). Todos registraram variação negativa devido à queda dos preços das duas principais criptomoedas do mercado.

Grande parte dos investidores – 83% – optou por opções flexíveis sem contraparte central (CCP) na hora de optar pela modalidade do contrato. Já as emissões de Certificados de Operações Estruturadas (COEs) foram responsáveis por 16,8% dos contratos firmados, enquanto os contratos de swap (uma modalidade de derivativo) responderam por 0,2% das operações.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o CEO da Hashdex, Marcelo Sampaio, destacou que, no curto prazo, a ação de preço dos ETFs de criptomoedas são apenas um "ruído". Uma tese de investimento em criptomoedas demanda um horizonte de longo prazo, justificou o executivo.

Além disso, Sampaio acredita que dentro de um ano, o HASH11 será o ETF mais negociado da B3, posto que atualmente cabe ao IVVB11, que replica o índice S&P 500 e possui mais de 180 mil investidores.

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