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Como a regulamentação cripto unirá dois mundos no Brasil

Novas regras do Banco Central prometem integrar blockchain e instituições financeiras, acelerando pagamentos internacionais e reduzindo custos no Brasil

 (Waitforlight/Getty Images)

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Da Redação
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Publicado em 21 de dezembro de 2025 às 10h00.

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Por Silvio Pegado*

O mercado de câmbio brasileiro está prestes a passar por sua transformação mais profunda em décadas. O catalisador não é apenas uma nova tecnologia, mas o passo decisivo necessário para que a inovação seja adotada em escala institucional: a regulamentação dos ativos virtuais, recentemente divulgada pelo Banco Central do Brasil e com entrada em vigor prevista para fevereiro de 2026. Essa nova clareza regulatória não apenas organizará um novo setor, mas remodelará fundamentalmente o futuro dos pagamentos internacionais ao fundir dois ecossistemas que, até agora, operavam majoritariamente em paralelo.

De um lado, temos o mercado de câmbio regulado, composto por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. Elas operam dentro de uma infraestrutura robusta, segura e altamente supervisionada — um modelo que inspira confiança, mas que enfrenta desafios de custo, velocidade e complexidade inerentes aos sistemas tradicionais de correspondência bancária.

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Do outro lado, floresceu um ecossistema inovador e ágil. Corretoras de criptoativos já realizam transferências internacionais utilizando a eficiência do blockchain, especialmente por meio de stablecoins, oferecendo disponibilidade 24/7, liquidação instantânea e custos reduzidos. Investidores e clientes brasileiros, mais uma vez, demonstraram estar na vanguarda global no que tange à adoção de novas funcionalidades. As stablecoins estão em ascensão, representando 90% das transações de criptoativos no país, segundo a Receita Federal.

Esses dois universos, embora atendam à mesma necessidade fundamental de movimentar valor além das fronteiras, operaram até agora em esferas distintas: uma enraizada em um sistema legado de confiança, a outra na eficiência tecnológica. Essa divisão, no entanto, está prestes a terminar.

A peça que faltava para unir esses dois universos era a segurança jurídica. Com as regras que o Banco Central do Brasil implementará em fevereiro, as instituições financeiras tradicionais terão, pela primeira vez, um manual claro sobre como utilizar a tecnologia blockchain e as stablecoins em suas operações. Elas conhecerão os requisitos de capital, os padrões de governança, os procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro (PLD/CFT) e as obrigações de reporte.

Essa clareza remove uma barreira crítica à adoção institucional em larga escala. O resultado será uma convergência inevitável, na qual o blockchain servirá como uma infraestrutura complementar para aprimorar os serviços bancários e de câmbio, oferecendo remessas mais rápidas e econômicas aos seus clientes.

Empresas de criptoativos que se adaptarem às novas regras serão cada vez mais integradas ao sistema financeiro tradicional. Em última análise, o grande vencedor será o cliente final. Para catalisar essa transição e garantir que as instituições financeiras naveguem essa mudança com sucesso, parceiros de infraestrutura como a Ripple desempenham um papel crucial — construindo a ponte que conecta as finanças tradicionais à economia digital on-chain. Nosso objetivo é simplificar essa jornada, atuando como um provedor único e confiável de acesso à liquidez, velocidade e transparência que a tecnologia blockchain pode oferecer, sempre em conformidade com a regulatória.

O Brasil, que já deu uma aula ao mundo sobre pagamentos instantâneos com o Pix, prepara-se agora para ser um dos primeiros países a redesenhar o futuro das finanças globais com blockchain e criptoativos. O momento é agora.

*Silvio Pegado é diretor da Ripple para América Latina.

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