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Com 4 semanas consecutivas de alta, bitcoin tem melhor desempenho desde agosto de 2021

Criptomoeda tem sido beneficiada por um retorno do otimismo no mercado exterior, apoiado nas expectativas sobre os juros dos EUA

Bitcoin soma um aumento de quase 40% na sua cotação em 2023 (Namthip Muanthongthae/Getty Images)
JP

João Pedro Malar

Publicado em 30 de janeiro de 2023 às 11h41.

Última atualização em 30 de janeiro de 2023 às 11h55.

Após encerrar a semana passada com mais uma valorização, o bitcoin registrou a primeira sequência de quatro semanas consecutivas de alta desde o período entre a segunda quinzena de julho e a primeira quinzena de agosto de 2021. A maior criptomoeda do mercado soma um aumento de quase 40% na sua cotação, que ultrapassou a casa dos US$ 23 mil.

De acordo com os dados da plataforma Trading View, a sequência atual de valorização da criptomoeda começou na primeira semana do ano, quando ela superou a casa dos US$ 17 mil. Entretanto, a alta naquele período foi menor, já que ela iniciou 2023 acima de US$ 16 mil. Desde então, os ganhos têm sido mais intensos, com destaque para a segunda semana do ano, quando ela ultrapassou os US$ 20 mil.

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A última vez em que o bitcoin teve quatro ou mais semanas consecutivas de alta foi entre julho e agosto de 2021, mesmo período em que a criptomoeda iniciou um forte rali de valorização que acabou levando o ativo a um valor histórico próximo à casa dos US$ 70 mil. Desde então, porém, ela acabou tendo uma sequência de quedas ao longo de 2022.

Ao longo do ano passado, as criptomoedas foram afetadas pelo chamado "inverno cripto", um termo que resume um período de desvalorização de ativos e baixo investimento no setor. Esse cenário foi gerado por um ambiente macroeconômico adverso, com os Estados Unidos elevando suas taxas de juro, e dificuldades internas do segmento, com falências de diversas empresas importantes.

O bitcoin, por exemplo, chegou a cair mais de 60% em um ano, voltando a patamares inferiores a US$ 15 mil. Entretanto, 2022 acabou terminando com sinais de que a inflação nos Estados Unidos pode estar desacelerando, o que abriria margem para que o Federal Reserve — o banco central do país — iniciasse ainda em 2023 uma desaceleração do ciclo de alta de juros.

A perspectiva favoreceu os ativos de risco como um todo, não apenas as criptomoedas. As ações de tecnologia foram outro setor beneficiado pelo cenário, voltando a se recuperar após fortes perdas em 2022. Já no mercado cripto, alguns ativos tiveram desempenhos ainda melhores, dobrando de valor de mercado com valorizações de mais de 100%.

No caso do bitcoin, há chances da criptomoeda ter o melhor desempenho para o mês de janeiro desde 2013, superando inclusive altas em anos de ralis de mercado que impulsionaram sua cotação. Nesta segunda-feira, 30, o ativo registra queda de 1,4%, cotado a US$ 23.182, de acordo com dados do CoinGecko.

Já os próximos capítulos desse ciclo atual de valorização deverão ser determinados ainda nesta semana, quando o Fed fará uma nova reunião de juros e poderá sinalizar seus próximos passos em 2023. Caso esses sinais sejam de um ciclo mais leve, a tendência é que as criptomoedas continuem com espaço para crescimento.

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