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CEO da FTX diz que tem bilhões de dólares reservados para socorrer empresas do mercado cripto

Sam Bankman-Fried abriu linhas de crédito com a BlockFi e a Voyager e diz poder ajudar mais empresas para evitar turbulências no mercado cripto, mas acha que "o pior já passou"

Sam Bankman-Fried, o SBF, é o mais jovem bilionário do mercado cripto (Bloomberg/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Publicado em 6 de julho de 2022 às 19h23.

Além de bilionário mais jovem, Sam Bankman-Fried, de 30 anos, tornou-se uma espécie de “salvador" do mercado de criptomoedas nas últimas semanas. Isso porque o CEO e fundador da corretora FTX, decidiu abrir a carteira para socorrer diversas empresas do setor cuja falência poderia desestabilizar ainda mais a indústria em razão da crise de liquidez - como aconteceu com a BlockFi, socorrida por um aporte de SBF. Nesta quarta-feira, 7, o executivo avisou que pode voltar a realizar ações de resgate deste tipo.

-(Mynt/Divulgação)

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Em entrevista publicada ao Financial Post, SBF revelou que "tem alguns bilhões para socorrer o setor", embora, segundo ele, o pior já tenha passado. O estadunidense, que mora nas Bahamas, onde a FTX está sediada, disse que lançou linhas de crédito para socorrer as empresas de criptomoedas e que algumas delas já procuraram pelos serviços oferecidos pela FTX.

Ainda segundo ele, embora estas empresas não estejam em “situações terríveis”, também não está descartada a possibilidade de falência de corretoras de criptomoedas menores.

Uma das empresas socorridas foi a exchange de criptomoedas Voyager Digital, que pediu falência nesta semana e propôs um plano de recuperação. A Voyager recebeu da Alameda Research uma linha de crédito de US$ 200 milhões em dinheiro e stablecoin, além de uma linha em bitcoin (BTC), uma vez que a empresa enfrentou perdas com a exposição ao fundo de hedge com criptomoedas Three Arrows Capital, que também quebrou recentemente.

Em junho, a FTX entregou ao credor de criptomoedas dos Estados Unidos, BlockFi, uma linha de crédito de US$ 250 milhões e, na última sexta-feira, fechou um novo acordo que dá a possibilidade de compra da empresa pela FTX a um preço variável de até US$ 240 milhões com base em gatilhos de performance.

O CEO da FTX disse ainda que, em maio, assumiu pessoalmente uma participação de 7,6% na Robinhood Markets, capitalizando o preço enfraquecido das ações do popular aplicativo de negociação de ações e outros ativos - criptomoedas entre eles.

Bankman-Fried, que em janeiro lançou o FTX Ventures, um fundo de capital de risco de US$ 2 bilhões focado em investimentos em ativos digitais, argumentou que é importante manter a confiança dos consumidores, o que passa pela funcionalidade e cumprimento do que é anunciado pelas empresas, mas que se torna difícil de manter em caso de falência das empresas.

Ele acrescentou que o inverno cripto pode ter chegado ao fundo considerando que os preços se estabilizaram, embora o futuro ainda dependa de fatores macroeconômicos, e que a baixa do mercado de criptomoedas foi pior do que o previsto, embora não represente uma ameaça existencial para esta indústria.

Pretenso doador de 99% de sua riqueza, Bankman-Fried teria atualmente uma fortuna de US$ 24 bilhões segundo avaliação da Forbes, mas o Índice de Bilionários da Bloomberg em maio afirmou que esse valor foi reduzido pela metade devido ao crash das criptomoedas.

Nos últimos dias SBF teve que entrar novamente em ação, desta vez para negar os rumores de que a FTX esteja de olho em empresas de mineração de criptomoedas em dificuldades.

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