Future of Money

CEO da Coinbase critica possível proibição de depósitos de criptomoedas nos EUA

Modalidade, conhecida como "staking", oferece uma forma de investidores obterem uma renda passiva com ativos digitais

Ethereum é o maior blockchain que atualmente permite o staking de criptomoedas (Jack Taylor/Getty Images)

Ethereum é o maior blockchain que atualmente permite o staking de criptomoedas (Jack Taylor/Getty Images)

Brian Armstrong, CEO da corretora de criptomoedas Coinbase, fez um post no Twitter na quarta-feira, 8, criticando uma possível proibição por parte da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) do chamado "staking", uma modalidade de renda passiva que envolve o depósito de criptos.

O responsável pela maior exchange dos EUA comentou que estava ouvindo "rumores" sobre essa possibilidade, que proibiria o staking para clientes de varejo. "Espero que não seja esse o caso, pois acredito que seria um caminho terrível para os EUA se isso ocorresse", disse Armstrong.

Na visão do CEO da Coinbase, a modalidade de renda passiva com criptomoedas é "realmente muito importante para a inovação no mercado cripto", já que "permite que os usuários participem diretamente da administração de redes blockchain abertas".

"O staking trouxe muitas melhorias positivas para o ecossistema cripto, incluindo escalabilidade, maior segurança e pegadas de carbono reduzidas", destacou Armstrong. O termo "pegada de carbono" se refere ao tamanho dos danos ambientais gerados por uma determinada atividade, empresa ou pessoa.

Armstrong deu a entender que o motivo para a possível proibição por parte da SEC seria a visão de que as criptomoedas depositadas em staking se tornariam valores mobiliários, com um serviço que oferece uma renda fixa garantida. O CEO ressaltou que não concorda com essa visão, já citada anteriormente pelo presidente da SEC, Gary Gensler.

O CEO defendeu ainda que é preciso garantir que "novas tecnologias sejam incentivadas a crescer nos EUA e não sufocadas pela falta de regras claras. Quando se trata de serviços financeiros e Web3, é uma questão de segurança nacional que esses recursos sejam desenvolvidos nos EUA".

Ele defendeu ainda que uma regulação impositiva "não funciona" e incentiva empresas a operarem fora dos Estados Unidos, "que é o que aconteceu com a FTX". "Espero que possamos trabalhar juntos para publicar regras claras para a indústria e criar regras responsáveis que protejam os consumidores e preservem a inovação".

Atualmente, diversas redes blockchain e corretoras de criptomoedas oferecem serviços de staking, incluindo a Ethereum. Apesar do presidente da SEC ter criticado essa modalidade, afirmando que as criptomoedas ligadas a esses blockchains se tornavam valores mobiliários, outra agência reguladora dos EUA manteve a visão de que o ether é uma commodity, indicando uma falta de consenso no país sobre o tema.

Comece seu portfólio de criptomoedas. A Mynt é uma empresa BTG Pactual para você comprar e vender crypto com segurança e atendimento 24 horas. Abra agora sua conta e desbloqueie seu mundo crypto.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosCriptomoedasEstados Unidos (EUA)

Mais de Future of Money

Privacidade é desafio natural e vai permear todo o desenvolvimento do Drex, diz especialista

Criptomoeda meme de Joe Biden despenca mais de 95% enquanto mercado especula troca de candidatos

Bitcoin está com "melhor janela de compra" após o halving, aponta gestora

Bitcoin tem nova queda e retorna aos US$ 60 mil em meio a incertezas no mercado

Mais na Exame