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Campari lança 3ª coleção de NFTs em aposta por experiências imersivas com drinks

Empresa diz ter assumido um compromisso de longo prazo ao utilizar a tecnologia blockchain para se conectar com consumidores no “CRM do futuro”

Effervescenza é a 3ª coleção de NFTs da Campari (Getty Images/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 2 de março de 2023 às 16h23.

Última atualização em 3 de março de 2023 às 10h31.

A Campari anunciou o lançamento de mais uma coleção de tokens não fungíveis ( NFTs ). Após o sucesso de duas outras coleções, a empresa italiana de bebidas irá comercializar tokens inspirados no drink Campari Tonic a partir da coleção Effervescenza, diretamente na plataforma The Campari Blockchain.

Serão 800 NFTs de arte digital generativa, comercializados inicialmente por R$ 200 através de Pix ou a criptomoeda MATIC no próximo dia 7 de abril. Quem já for membro da comunidade da Campari terá desconto e poderá participar da pré-venda em 28 de março.

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“A coleção Effervescenza reforça a vontade de seguir o caminho iniciado em 2022 por meio do programa The Campari Blockchain e marca o início de um ano em prol da construção de uma comunidade ativa de amantes da coquetelaria¨ conta Thomas Rebergue, sócio co-fundador da consultoria Três Ponto Zero, que apoiou o lançamento do projeto.

Segundo um comunicado, quem comprar um dos NFTs da coleção será convidado para integrar a comunidade exclusiva The Campari Blockchain com acesso a descontos adicionais em próximas coleções e benefícios, com possibilidade de ganhar jantares, welcome drinks, encontros com bartenders e outros tipos de experiências.

Segundo Vinicius Low, diretor de marketing do Grupo Campari do Brasil, os bartenders são uma peça-chave da nova coleção, Effervescenza. 10% das vendas serão revertidas para o artista da coleção e 84% para o fundo criado para ajudar o desenvolvimento da comunidade de bartender do Brasil sob gestão de Campari Academy.

“Os bartenders estão no coração deste projeto. Eles são a peça chave no desenvolvimento dos drinks que se tornam NFTs e no retorno das transações geradas pelos consumidores. O uso do fundo que está sendo construído para suportar a comunidade, será votado dentro da comunidade de bartenders que estará em nosso app exclusivo, a ser lançado no meio do ano”, disse Low, em entrevista à EXAME.

-(Campari)

“CRM do futuro” com blockchain

Envolvida recentemente na polêmica do “calvo da Campari”, a empresa quer se conectar com seu público, incluindo as mulheres. Após ser mencionada pelo influenciador Thiago Schutz em comentários desrespeitosos sobre mulheres, a Campari emitiu uma nota afirmando que “não tem, e nem nunca teve, nenhum tipo de relação, vínculo ou contato com Thiago Schutz" e "se solidariza com todas as mulheres que foram envolvidas nesse caso de misoginia e ameaças, e rechaça veementemente a manifestação de toda e qualquer atitude preconceituosa e violenta".

Segundo Vinicius Low, o projeto “The Campari Blockchain” em que a nova coleção faz parte, é um compromisso de longo prazo da empresa italiana de bebidas para conquistar conexões melhores e mais duradouras com clientes e parceiros.

“A plataforma The Campari Blockchain sempre foi pensada como um projeto de longo prazo que conecta consumidores em uma comunidade Web 3.0 e fomenta a comunidade de bartenders através dos fundos gerados na ação. Esse é o nosso propósito, Comunidade, CRM e suporte à comunidade”, disse.

As duas coleções de NFTs anteriores da Campari, “Alchimia” e “Negroni Week”, representaram uma nova fonte de KPIs para a empresa, reforçando os planos da Campari envolvendo a tecnologia.

A primeira gerou cerca de R$ 60 mil, com a venda de 84 NFTs atrelados a experiências, como uma viagem para a Itália para conhecer as origens da Campari e treinamentos de mixologia. Toda a renda foi revertida para os bartenders da comunidade.

Já a segunda, que foi uma distribuição gratuita, teve 1.130 NFTs resgatados, teve um retorno de mídia espontânea que fez com que o projeto se tornasse um dos maiores na história da Campari, dobrando o KPI inicial da empresa, segundo Low.

“Entendemos que Web 3.0 é um caminho muito rico para nos conectar ao consumidor contemporâneo. Através dela iremos construir uma comunidade de amantes da marca de forma decentralizada, com privacidade e tecnologia. Estamos antecipando o CRM do futuro através da arte em NFT, da coquetelaria e da comunidade de bartenders, que tanto valorizamos”, afirmou Vinicius Low à EXAME.

Segundo o diretor de marketing, a Campari deve lançar ainda este ano diversas outras coleções, e um aplicativo de carteira para os ativos digitais que lançou.

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