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Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 9 de abril de 2021 às 11h54.
O gigante bancário Citigroup concluiu com sucesso uma prova de conceito para pagamentos internacionais baseados em blockchain em colaboração com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
De acordo com o anúncio da última quinta-feira, 8, o braço de inovação financeiro do Citigroup, chamado Citi Innovation Labs, em parceria com o BID, possibilitaram remessas dos Estados Unidos para um destinatário na República Dominicana, usando a rede blockchain LACChain, desenvolvida pelo BID.
Como parte do projeto, o BID depositou fundos "tokenizados" denominados em dólares americanos em uma conta do Citi e os transferiu usando carteiras digitais, explicou o especialista em blockchain do BID e líder técnico do LACChain, Marcos Allende. “Depois de convertidos em tokens, esses fundos foram convertidos para a moeda local - pesos dominicanos - com a taxa de câmbio estabelecida pelo Citi”, disse.
O piloto baseado em blockchain permitiu ao BID fornecer rastreabilidade instantânea de transações, cotações de câmbio e de taxas, potencialmente trazendo um novo método de fazer pagamentos internacionais dos Estados Unidos para países da América Latina e do Caribe.
“Existem muitas aplicações de pagamentos transfronteiriços inclusivos, como assistência oficial ao desenvolvimento e remessas internacionais. Não há dúvida de que eles são extremamente importantes para as economias de nossa região e, mais importante, para os beneficiários finais e famílias que recebem remessas”, observou a CEO do BID Lab, Irene Hofman.
O BID é uma organização internacional que apóia o desenvolvimento econômico e social e a integração regional da América Latina e do Caribe. O BID tem explorado ativamente a tecnologia de blockchain para cumprir sua missão, com seu laboratório de inovação BID Lab estabelecendo seu programa LACChain focado em blockchain em 2019.
O LACChain é uma rede de código aberto, executada na blockchain do JPMorgan e na plataforma de contratos inteligentes Quorum.
O envolvimento do Citigroup em projetos ligados à tecnologia blockchain também não é novidade. Em 2015, o banco desenvolveu três sistemas baseados em blockchain e uma criptomoeda piloto apelidada de Citicoin, para explorar transações internacionais mais eficientes. No início de 2021, a companhia também divulgou relatório otimista sobre o bitcoin, no qual prevê que chegarà a mais de 300 mil dólares até o final do ano.