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Bear Market? Veja 3 criptomoedas que este especialista continua comprando

Especialista em criptomoedas da EXAME Invest revela em quais projetos continua investindo, apesar das quedas recentes do mercado

 (Getty Images/Getty Images)

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Isabel Rocha
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 14 de fevereiro de 2022 às 16h28.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h30.

Quem acompanha o mercado cripto sabe que os últimos meses não foram dos mais animadores. É que, pressionadas pela desvalorização do bitcoin, que chegou a cair 21,5% em janeiro, a maioria das criptomoedas também sofreu quedas consideráveis desde o início do ano. O Ethereum, por exemplo, desvalorizou cerca de 30% em apenas sete dias no final do mês passado.

Mas, enquanto muitos investidores assistiram a esse movimento com receio, outros preferiram encará-lo como uma oportunidade para investir em bons projetos a preços mais vantajosos e mirando o longo prazo. É o caso, por exemplo, do especialista em criptomoedas da EXAME Invest, Felipe Dantas.

Em um vídeo recente publicado em seu canal no YouTube, que já acumula mais e 28 mil inscritos, ele dividiu com os seguidores quais são as criptomoedas que pretende continuar comprando apesar da queda do mercado. Vale destacar, no entanto, que os ativos citados por Dantas não são recomendações de compra — e que é importante realizar uma análise individual e cuidadosa dos projetos (respeitando seu perfil e objetivos) antes de investir.

“No mundo cripto nada é garantido, mas estou falando de projetos em que eu não me importo muito com as variações de curto prazo, porque acredito que têm potencial de crescer muito no médio e longo prazo”, disse.

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Veja, abaixo, quais foram os projetos citados pelo especialista durante o vídeo.

1. Solana (SOL)

A Solana é uma plataforma de smart contracts em blockchain construída para facilitar a criação de aplicativos descentralizados (dApps) de projetos em DeFi, NFTs e outros. Sua principal proposta é resolver problemas comuns dos sistemas de criptoativos, como velocidade, escalabilidade e alto custo.

Ocupando o sétimo lugar no ranking das maiores criptomoedas do mundo, o projeto é um forte concorrente da Ethereum, que hoje ocupa a primeira posição do ranking. “Mas, enquanto a Ethereum foi lançada em 2014, a Solana só entrou no mercado oficialmente em março de 2020. Então, por mais que ela tenha sofrido um pouco agora, está crescendo muito mais rápido que a Ethereum e consegue ‘se mexer’, ou seja, resolver problemas, mais rápido também”, afirma.

Outro motivo que leva o especialista a acreditar na Solana independentemente do momento de mercado, é seu ecossistema. Isso porque o projeto busca contribuir ativamente para o aquecido mercado de NFTs, criptogames e finanças descentralizadas. Para ter uma ideia, a Degenerate Ape Academy (uma das primeiras grandes coleções de NFT lançadas no blockchain da Solana), esgotou em 8 minutos e transacionou mais de US$ 69 milhões.

“Ela tem como principal fundamento a velocidade nas operações, com baixas taxas. E seu ecossistema vem crescendo muito forte. [...] Ainda é uma criança se comparada à Etherium, que é a ‘mãe’ de todas as plataformas de contratos inteligentes. Mas tem muitos investimentos, o que quer dizer que ela tem dinheiro para resolver os problemas”, pontua o especialista.

Segundo dados da Crunchbase, a Solana conta com mais de 30 investidores — dentre eles, Alameda Research, Collab+Currency, Multicoin Capital e Polychain. Apenas em sua última captação, encabeçada pela Andreessen Horowitz, a Solana captou US$ 314 milhões. “Isso significa que ela tem muito dinheiro em caixa para continuar investindo, melhorando e resolvendo os problemas. Então, para mim, a Solana ainda tem muito para crescer e é uma das principais apostas, mesmo quando ela está caindo”, diz.

2. Fantom (FTM)

“A Fantom também concorre com a Etherium, com a Solana, com a Cardano e outras; mas a diferença é que ela está muito barata perto do que vem entregando. E, diferentemente da Solana e da Etherium, não utiliza o blockchain, mas sim outra tecnologia, chamada DAG, que permite transferências mais rápidas e baratas”, explica.

Outra característica da Fantom destacada por Dantas como positiva durante o vídeo é seu market cap, que no momento em que esta reportagem está sendo escrita é de pouco mais de US$ 5 bilhões — valor apontado pelo especialista como extremamente baixo perto do que ela vem entregando. “Atualmente, ela tem mais dinheiro preso em seu ecossistema (US$ 9,35 bilhões) do que tem de valor de mercado”, pontua.

Com US$ 40 milhões em caixa, segundo o Crunchbase, a Fantom conta com 12 investidores. Dentre eles, o renomado Arrington XRP Capital. “Assim como o resto do mercado, ela vem sofrendo um pouco nos últimos meses, mas é um projeto que eu considero absurdamente bom e que, com certeza, vai fazer parte da minha carteira por um longo período”.

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3. Secret (SCRT)

Como o próprio nome sugere, a Secret é um projeto extremamente voltado para a privacidade — fator que é considerado por muitos como um dos principais problemas do mundo cripto. “Hoje, se você tem acesso à minha carteira na rede Ethereum ou Bitcoin, por exemplo, consegue ver tudo que eu estou fazendo — se eu estou comprando, vendendo, fazendo transações... E essa exposição não é positiva. [Por outro lado] a Secret tem o objetivo de ter uma blockchain completamente privada. Então uma vez que você joga dinheiro dentro do ecossistema, ninguém mais consegue rastrear”, explica.

Vale pontuar que, apesar de a privacidade ser um dos grandes pontos positivos do projeto, ela também pode representar uma dificuldade quando o assunto é o relacionamento da Secret com os governos — já que pessoas mal intencionadas podem querer se aproveitar dessa característica. “A Secret vai ter que resolver esse problema de como conversar com os governos para que a privacidade seja algo que não facilite operações criminosas. Mas, ainda assim, é uma excelente aposta”.

Recentemente, a Secret anunciou em sua página no Twitter a entrada de US$ 400 milhões de fundos pro ecossistema. Dentre os investidores, estão grandes fundos e corretoras de investimento, como o Alameda Research, DeFinance Capital e CoinFund. “Quando olhamos para o valor de mercado, a Secret tem apenas US$ 1 bilhão, mas um potencial gigantesco. Então mesmo se ela cair, eu vou continuar comprando. Ela vai continuar tendo dinheiro para desenvolver a tecnologia e, em um eventual bull market, vou ter comprado um projeto com muita ‘grana’ e bons desenvolvedores a preço de banana”, conclui.

Para ficar atualizado sobre esses e outros temas relacionados ao futuro do dinheiro, continue acompanhando o Future of Money e fique de olho nas redes sociais do especialista Felipe Dantas.

 

 

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