Banco Central concede licença de instituição de pagamentos para corretora cripto
Informação foi divulgada pela Crypto.com, que poderá oferecer serviços de carteira fiduciária, como compra e venda de recursos
João Pedro Malar
Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 16h28.
Última atualização em 15 de dezembro de 2022 às 16h40.
O Banco Central concedeu nesta quinta-feira, 15, uma licença para que a corretora de criptoativos Crypto.com atue no Brasil como uma Instituição de Pagamentos. Com a medida, a empresa poderá oferecer serviços de carteira fiduciária, como compra e venda de recursos.
A informação foi divulgada pela própria exchange. Atualmente, ela já oferece aos clientes um cartão desenvolvido em parceria com a Visa, que foi disponibilizado no Brasil em 2021 e permite fazer compras em real ou criptomoedas.
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A empresa classificou a concessão pelo Banco Central como o "mais recente marco regulatório significativo" que conseguiu obter. Até o momento, a Crypto.com não anunciou se, e de que, novas formas pretende usar a licença.
"O Brasil e todo o mercado da América Latina são regiões importantes na busca de nossa visão de criptomoeda em todas as carteiras”, avaliou o CEO da corretora de criptoativos, Kris Marszalek.
Segundo o gerente-geral e chefe jurídico da Crypto.com para a América Latina, a concessão pelo Banco Central é um "passo empolgante" no crescimento da empresa no Brasil. Ele disse ainda que "tem muito mais por vir".
A autarquia brasileira define uma instituição de pagamentos como uma "instituição não financeira que executa serviços de pagamento em nome de terceiros". Essas organizações são divididas em tipos, como a de emissor de moeda eletrônica e credenciador.
"As instituições de pagamento possibilitam ao cidadão realizar pagamentos independentemente de relacionamentos com bancos e outras instituições financeiras. Com o recurso financeiro movimentável, por exemplo, por meio de um cartão pré-pago ou de um telefone celular,o usuário pode portar valores e efetuar transações sem estar com moeda em espécie", explica o Banco Central.
A autarquia informa ainda que "instituições de pagamento não são instituições financeiras, portanto não podem realizar atividades privativas destas instituições, como empréstimos e financiamentos. Ainda assim, estão sujeitas à supervisão do Banco Central".
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