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Banco britânico prevê bitcoin a US$ 100 mil e alta de 900% para o ether

Standard Chartered, banco com US$ 790 bilhões em ativos, prevê altas consideráveis para bitcoin e ether até o fim de 2021 ou início de 2022

Relatório de unidade de pesquisa do Standard Chartered prevê altas consideráveis para bitcoin e ether (Will Oliver/AFP)

Relatório de unidade de pesquisa do Standard Chartered prevê altas consideráveis para bitcoin e ether (Will Oliver/AFP)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 8 de setembro de 2021 às 14h15.

Última atualização em 8 de setembro de 2021 às 14h35.

Uma nova equipe de pesquisa sobre criptoativos do banco britânico Standard Chartered divulgou relatório nesta quarta-feira, 8, em que prevê o bitcoin valendo o dobro do seu preço atual até o final de 2021 ou início do ano que vem, além de alta de até 900% para o ether, a criptomoeda da rede Ethereum.

De acordo com a pesquisa, o bitcoin deverá chegar a 100 mil dólares nos primeiros meses de 2022, podendo valer até 175 mil dólares no longo prazo. Já o ether, segundo maior criptoativo do mundo, pode, segundo os pesquisadores do banco, chegar a algo entre 26 mil e 35 mil dólares - o cenário mais positivo, diz o relatório, só é possível caso o bitcoin atinja um preço próximo de 175 mil dólares.

“Como meio de troca, o bitcoin pode se tornar o método de pagamento ponto a ponto dominante para pessoas sem acessário ao sistema bancário em um futuro global sem dinheiro físico", afirmou o chefe da nova unidade de pesquisa do Standard Chartered, Geoffrey Kendrick, em nota aos clientes do banco divulgada pela Reuters. “Ciclicamente, esperamos um pico de cerca de 100 mil dólares no final de 2021 ou início de 2022”, concluiu.

O relatório do banco britânico, que tem a maior parte de suas receitas vinda de mercados da Ásia, África e Oriente Médio, foi divulgado pouco depois de uma drástica queda no mercado de criptoativos. O bitcoin, por exemplo, despencou de quase 53 mil dólares para menos de 44 mil. No momento, é negociado a 46.200 dólares.

A publicação coincide também com a entrada em vigor da "Lei Bitcoin" em El Salvador, que torna a criptomoeda uma moeda de curso legal no país e obriga empresas e pessoas a aceitarem o bitcoin como meio de pagamento. A queda de preços das últimas horas pode ter relação com a nova legislação, que gerou grande expectativa nos participantes do mercado cripto e foi alvo de duras críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

"As grandes instituições financeiras e a mídia dizem que [a queda de preços] é por causa de um lançamento conturbado em El Salvador. Eu estou em El Salvador agora e as coisas estão espetaculares", disse Nick Spanos, especialista em bitcoin, ao Cointelegraph. "Aqui temos um presidente desbravando novos caminhos, como um grande CEO, lançando inovações", disse, sobre o presidente salvadorenho Nayib Bukele, completando que concorda com a previsão do Standard Chartered para a principal criptomoeda do mundo.

O Standard Chartered tem sua história relacionada ao desenvolvimento do Império Birtânico, com operações predominantemente em ex-colônias britânicas, mas que nas últimas duas décadas tem buscando expansão para outros países. O banco atua em mais de 70 países, tem mais de 87 mil funcionários e 790 bilhões de dólares em ativos sob sua gestão.

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