(Dan Kitwood/Getty Images)
Um relatório do banco de investimentos americano Stifel afirma que o bitcoin pode cair para o patamar de 10 mil dólares até o ano que vem. Isso é, se três fatores macroeconômicos apontados no texto se concretizarem até lá.
Conheça os três fatores que podem levar o bitcoin até os 10 mil dólares, de acordo com a visão do analista Barry Bannister em entrevista a Business Insider:
Segundo Bannister, tanto o S&P 500 quanto o bitcoin oscilam com dinheiro global transformado em dólar, mas o bitcoin é mais volátil. “Se o dólar se fortalece, a oferta monetária M2 - ou seja, M1 (moeda em poder do público (papel-moeda e moeda metálica) + depósitos à vista nos bancos comerciais), mais depósitos a prazo, mais títulos do governo em posse do público - diminui, o que pode apertar as condições financeiros dos EUA. Se as condições financeiras dos EUA pioram, um ativo altamente especulativo como o bitcoin, provavelmente cairia significativamente”, disse.
Se o juro real de 10 anos norte-americano, ou seja, descontando a inflação, aumentar devido à política monetária do Fed de aumentar a taxa de juros, irá restringir o bitcoin, segundo a nota. Se esse juro real levar o preço do ouro para baixo - já que os bonds são os ativos mais seguros - também coloca pressão no preço da criptomoeda, afirma a Stifel.
“Se a razão entre o bitcoin e o ouro cair para seu nível mais baixo (após as decisões do Fed), a criptomoeda pode ter uma queda até os 10 mil dólares até 2023”, completou a análise.
Bannister acredita que os juros de 10 anos não irão crescer mais de 80 bips (basis points) em 2022, o primeiro de dois anos de correção nas políticas monetárias do Fed. Entretanto, o S&P500 e o bitcoin podem despencar em 2023 enquanto o Fed continua suas ações, explicou no relatório. “Esse é o prêmio de risco: o bitcoin gosta de um prêmio menor, então fique de olho caso o Fed suba o prêmio de risco para as ações (fique pessimista em bitcoin) ou abaixe o prêmio de risco (otimismo com a criptomoeda)”, finalizou o analista.
O bitcoin é negociado na tarde de sexta-feira, 18, a 40 mil dólares, após atingir o pico de 69 mil dólares em novembro do ano passado, segundo o CoinMarketCap.
Apesar das ameaças listadas pela Stifel, outros analistas veem os criptoativos como uma reserva de valor contra a inflação, como é o caso do CEO da Pantera Capital, que afirmou, “o aumento das taxas tornará as ações e os imóveis menos atraentes. Então, onde investir quando ações e títulos estão caindo? (Normalmente eles são correlacionados negativamente.) O blockchain é um lugar muito legítimo para investir nesse cenário”.
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