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O brasileiro Thiago Wild faz história em Roland Garros. E é só a primeira rodada

O tenista paranaense, número 172 do mundo, venceu o segundo colocado do ranking no primeiro jogo da chave principal do Grand Slam francês

O brasileiro Thiago Wild: vitória histórica em cinco sets (Eurasia Sport/Getty Images)
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 30 de maio de 2023 às 15h02.

Última atualização em 3 de junho de 2023 às 16h30.

O esporte se alimenta de emoções e também de estatísticas. Essa é a combinação perfeita. Pois o brasileiro Thiago Wild, número 172 do ranking, fez história em Roland Garros ao vencer o número dois do mundo, o russo Daniil Medvedev, na primeira rodada do torneio em Paris.

Desde 2004 um brasileiro não vencia um dos cinco primeiros colocados na lista da ATP, a Associação de Tenistas Profissionais. Naquele ano, o catarinense Gustavo Kuerten venceu Roger Federer, talvez o melhor tenista da história, nas oitavas de final. Guga já começava a enfrentar o declínio pelas lesões.

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O enredo de hoje só fica melhor pelo fato de que Wild, bem distante das primeiras posições, precisou passar pelo torneio qualificatório para ter o direito de disputar a primeira rodada do torneio na quadra Philippe Chatrier. Jogou, venceu três partidas e foi para a chave principal. E na manhã desta terça-feira 30 ganhou então de Medvedev.

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Por que Wild venceu Medvedev

O placar reflete a emoção da partida. Foram cinco sets disputados, parciais de 7/6, 6/7, 2/6, 6/3 e 6/4. O brasileiro de 23 anos chegou a ter dois set points no segundo set, o que lhe daria uma bela vantagem no jogo. Perdeu os pontos, perdeu o set. O terceiro set foi vencido facilmente pelo russo. E parecia que a lógica prevaleceria.

Mas Wild conseguiu se concentrar e venceu os dois sets seguintes até com certa facilidade, irritando bastante o adversário. Djokovic certa vez disse que o tênis é um jogo mental. Um bom atleta, com as condições favoráveis, é capaz de executar forehands, saques e voleios com força e precisão.

A diferença é ter o controle mental necessário para vencer a pressão e saber o momento certo de atacar o adversário e de controlar a bola. E nisso o novato brasileiro se saiu melhor do que o experiente russo.

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