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A Rio Tinto anunciou que o presidente de seu conselho, Simon Thompson, renunciará ao cargo devido à destruição de duas antigas cavernas rochosas na Austrália no ano passado, atendendo às demandas de investidores (Tim Wimborne/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de março de 2021 às 09h35.
Última atualização em 4 de março de 2021 às 09h36.
A Rio Tinto anunciou que o presidente de seu conselho, Simon Thompson, renunciará ao cargo devido à destruição de duas antigas cavernas rochosas na Austrália no ano passado, atendendo às demandas de alguns investidores por uma maior responsabilização pelo incidente.
Em comunicado, a empresa informou que Thompson não buscará a reeleição no ano que vem, vinculando a decisão à demolição, em maio, dos abrigos do desfiladeiro Juukan, que continham uma coleção de artefatos indicando que foram ocupados por humanos há mais de 46 mil anos. Ele se tornará o quarto líder sênior a deixar a segunda maior mineradora do mundo por causa do incidente, depois que Jean-Sébastien Jacques foi afastado do cargo de CEO e dois outros executivos foram demitidos.
A destruição das cavernas do desfiladeiro de Juukan ilustra como as questões ambientais e culturais ganharam importância em uma indústria que luta para mudar a percepção dos investidores de que a mineração é problemática. Alguns investidores e legisladores exigiram que as empresas mudassem a forma como lidam com os proprietários tradicionais das terras onde suas operações estão localizadas e capacitem esses grupos para levantar questões e reclamações.
Thompson está no conselho desde 2014 e é presidente desde 2018. Ele permanecerá como presidente da Rio Tinto até as assembleias anuais de acionistas no próximo ano, mas pode deixar a função antes se um substituto for encontrado.