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Panorama ESG: empresas brasileiras priorizam mais o 'S' do que o 'E' e o 'G', diz pesquisa

Estudo, que ouviu mais de 40 mil empregadores em 41 países, aponta que cumprir a legislação e refletir sobre os valores da organização são os grandes impulsionadores do ESG

Segundo a consultoria ManpowerGroup, 42% das empresas no Brasil estão priorizando o pilar social (o S de ESG), enquanto no contexto global este número diminui para 37% (Getty Images/Reprodução)

Segundo a consultoria ManpowerGroup, 42% das empresas no Brasil estão priorizando o pilar social (o S de ESG), enquanto no contexto global este número diminui para 37% (Getty Images/Reprodução)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 13 de março de 2023 às 15h17.

Última atualização em 13 de março de 2023 às 16h01.

Uma pesquisa do ManpowerGroup, consultoria global com especialização em recursos humanos, afirma que 42% das empresas no Brasil estão priorizando o pilar social (o S de ESG), enquanto no contexto global este número diminui para 37%. Depois dele, o pilar do meio ambiente (o E, de environmental) é a segunda prioridade, seguida por governança coorporativa (G, de governance). No Brasil, os estados que mais priorizam o parâmetro social são, em ordem: Paraná (com 51%), seguido por Minas Gerais (45%) e Rio de Janeiro (com 42%). A pesquisa ouviu mais de 40 mil empregadores em 41 países.

Levando em consideração os dados da pesquisa, fica evidente que a priorização das ações socais é uma tendência no Brasil e no mundo. Por esse motivo, é importante que cada empresa entenda qual é a melhor iniciativa a ser aplicada para gerar um impacto positivo. Dentre as opções de práticas sociais, estão: ações de igualdade de gênero e de abertura à diversidade, cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e atenção às questões trabalhistas.  

“Incorporar os eixos de ESG na realização e no encadeamento das companhias impulsiona comportamentos alinhados a essa agenda. Demanda que colaboradores sejam encorajados a adotar uma postura responsável e consciente em suas próprias ações diárias, bem como incentiva que toda a cadeia se movimente para alcançar esse patamar de atuação”, afirma Wilma Dal Col, diretora de gestão estratégica de pessoas da ManpowerGroup.

Os consumidores estão atentos à forma com que as empresas se posicionam socialmente, valorizando a colaboração e lembrando que ações sociais podem ser relevantes financeiramente para a atração e retenção de talentos e valorização da marca, pois, hoje, a geração Z está exigindo mais das marcas, ressalta a diretora. 

Motivos para adoção da agenda ESG

Segundo a pesquisa, os principais motivos pelos quais as empresas adotam um programa ESG são para cumprir com a legislação e os regulamentos vigentes (42% no Brasil), seguido dos fatores de reflexão dos valores da organização, redução de custos - empatados em 39% - e, em 33%, está o motivo de ganhar vantagem competitiva. 

Pensando nisso, o estudo afirma que a agenda ESG auxilia os empregadores a reforçarem a marca da empresa e diminuir custos, criando uma relação positiva entre as organizações, as pessoas que as compõem e o planeta. 

A relação entre as contratações e as práticas ESG

Quando o assunto é contratação de novos colaboradores, a pesquisa aponta que 90% das empresas brasileiras vão olhar para o time interno para depois tomar a decisão de contratar talentos fora da empresa. Neste mesmo contexto, 63% dos empregadores entendem que precisam treinar e desenvolver talentos existentes nos pilares ESG. 

O primeiro desafio para implementar o ESG nas empresas, de qualquer segmento ou porte, é conseguir formar uma equipe multidisciplinar para aplicar o planejamento e transformá-lo em ações práticas. Pensando nisso, só 5% dos respondentes afirmaram ter todos os talentos necessários dentro da organização. 

“A partir da pesquisa, entendemos que as empresas estão construindo suas estratégias considerando seus potenciais internos em primeiro lugar. Esse dado é relevante para destacar a importância de desenvolver talentos e apostar em boas práticas internas”, conclui Wilma.

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