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O legado que não poderá faltar ao Brasil

Um legado não se constrói com sete meses de atuação – período em que o ministro Silvio Almeida está à frente de pasta tão vital para enfrentar o preconceito, escreve Celso Athayde

Silvio Almeida está no comando do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Celso Athayde

CEO da Favela Holding

Publicado em 22 de julho de 2023 às 11h30.

Última atualização em 22 de julho de 2023 às 19h54.

Estamos a uma semana da Expo Favela Innovation que, em 2023, acontecerá pela primeira vez no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes. Entre 29 e 31 de julho, diversas oportunidades empresariais que colocam os cidadãos das favelas em evidência formam a maior feira de inovação e empreendedorismo de favelas, conectandocom empreendedores do asfalto. Esse é um projeto fruto da parceria entre a Central Única das Favelas e Favela Holding, com a realização da Infavela.

Falar sobre asfalto e favela, favela e asfalto é urgente em nosso país. Principalmente no momento em que o nome de um brasileiro notório se vê diante de especulações sobre a sua permanência no primeiro escalão do governo federal. Falar de favela é também falar de onde vem o povo brasileiro que teve, no período escravocrata, uma série de violações de direitos humanos. E quando esse período acabou oficialmente, as mazelas vividas pelos mais vulnerabilizados foram potencializadas com a ausência do Estado brasileiro.

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Falar de asfalto é falar das mesas de negociação, do centro do poder, é falar de Brasília e do abismo social em que ainda vive o povo brasileiro. Neste ano, estamos vivendo um ar de esperança depois de um período nefasto à inteligência do povo que constrói, diariamente, a vida de todos nós.

Por essas razões, eu me uno a uma série de vozes que começam a se levantar em defesa do nome do ministro Silvio Almeida à frente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

O professor, escritor, advogado e jurista Silvio Almeida é, neste momento, a representação da união entre favela e asfalto na capital brasileira, no centro do Poder Executivo. Silvio Almeida é a voz que escuta, o timbre sereno que educa, a presença humana que não pode ser calada por todos os serviços prestados tanto à academia brasileira quanto ao pensamento de país.

Especulações políticas existem e parecem fazer parte do jogo. Mas a partida liderada por Silvio Almeida não se trata de um jogo momentâneo à disposição de caciques políticos ou de interesses capitalistas estranhos à manutenção da democracia brasileira. Silvio Almeida é o nome de um brasileiro que tem um legado a deixar diante de todas as raízes culturais, sociais, políticas e econômicas que nos formam.

Um legado não se constrói com sete meses de atuação – período em que o ministro está à frente de pasta tão vital para enfrentar o preconceito, as desigualdades sociais e as mazelas difundidas pelo racismo brasileiro. Por isso, junto-me às vozes que defendem a permanência de Sílvio Almeida no cargo para poder receber o legado que será entregue por este ilustre brasileiro. Um legado que está por vir não poder ser interrompido. O ministro Silvio Almeida é o legado que não poderá faltar ao Brasil.

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