ESG

Apoio:

logo_suvinil_500x252
Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
logo_engie_500X252

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

O caminho para um Brasil com toda criança imunizada

Enquanto o país avançou, a cobertura global de imunização infantil estagnou em 2023, deixando 2,7 milhões de crianças a mais não vacinadas ou com imunização incompleta

A vacinação é um compromisso que deve ser assumido por prefeitos, prefeitas e outros gestores públicos, além de pré-candidatos que concorrerão a estes cargos em 2024 (Erico Hiller/Divulgação)

A vacinação é um compromisso que deve ser assumido por prefeitos, prefeitas e outros gestores públicos, além de pré-candidatos que concorrerão a estes cargos em 2024 (Erico Hiller/Divulgação)

Unicef
Unicef

Colunista

Publicado em 23 de julho de 2024 às 15h06.

Última atualização em 23 de julho de 2024 às 15h17.

Por Luciana Phebo, chefe de Saúde e Nutrição no Unicef

O Brasil tem motivos para celebrar: o país saiu da lista dos 20 com mais crianças não imunizadas no mundo. O número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (a DTP, administrada no Brasil como a Vacina Pentavalente) caiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Já o número de meninas e meninos que não receberam a terceira dose desta mesma vacina caiu de 846 mil em 2021 para 257 mil no ano passado.

Os números lançados pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram ainda que o Brasil tem sido uma exceção no cenário mundial. Enquanto o país avançou, a cobertura global de imunização infantil estagnou em 2023, deixando 2,7 milhões de crianças a mais não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os números pré-pandemia de 2019.

A lição é clara. Declarações e discursos não bastam: são necessárias ações concretas e investimentos dedicados para aumentar as taxas de cobertura vacinal e diminuir a quantidade de meninas e meninos sem vacina.

E o Brasil, que tem feito um bom trabalho, tem a oportunidade de acelerar ainda mais estes resultados. O Unicef defende que é hora dos municípios e estados brasileiros ultrapassarem os muros das unidades de saúde e adotarem estratégias para alcançar, em todos os lugares, as crianças e os adolescentes que ainda não conseguem acessar a vacinação.

Afinal, são muitas vezes as crianças e as famílias mais vulneráveis as que têm mais dificuldades no acesso aos serviços de saúde que oferecem vacinas. É por isso que esforços como os adotados pelo governo federal, como o Programa Saúde na Escola, são tão importantes para buscar ativamente meninos e meninas que ainda não receberam doses de imunizantes.

E a escola não deve ser o único local para colocar isso em prática. O Unicef acredita que é preciso olhar para outros espaços de atendimento à população, como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), entre outros serviços de proteção social, enquanto espaços de incentivo às vacinas – assim, é possível chegar até meninas e meninos que ainda não estão em idade escolar e garantir que nenhuma criança e nenhum adolescente sejam deixados para trás quando se trata de imunização.

Este é um compromisso que deve ser assumido por prefeitos, prefeitas e outros gestores públicos, além de pré-candidatos que concorrerão a estes cargos em 2024.

Levando vacinas para cada criança e adolescente

No Brasil, o Unicef contribui com os esforços pela imunização a partir da estratégia Busca Ativa Vacinal (BAV), uma iniciativa que apoia municípios na garantia da imunização infantil. A estratégia funciona ao contribuir na identificação de crianças e adolescentes com atraso vacinal ou não vacinadas; estabelecer estratégias para encaminhamento delas aos serviços de saúde e atualizações de vacinação; monitorar as coberturas vacinais; acompanhar a situação vacinal da população-alvo; e identificar e responder a vulnerabilidades que levam à não vacinação.

A estratégia incentiva a participação de diferentes serviços públicos nessa busca ativa ― como Educação, Saúde, Assistência Social, entre outras ―, ressaltando a importância da intersetorialidade para se alcançar meninas e meninos que ainda não foram imunizados. Para a BAV, o Unicef conta a parceria estratégica da Pfizer e da Fundação José Luiz Egydio Setúbal. Além dela, o Unicef investe na saúde materno infantil e na primeira infância, com apoio dos parceiros estratégicos MSD e Huggies.

É para se unir a este esforço que o Unicef convoca governantes, pré-candidatos, mães, pais, familiares responsáveis, jovens e toda a sociedade: para atuarmos juntos em prol de um futuro em que cada menina e cada menino no Brasil sejam imunizados, fiquem protegidos de doenças evitáveis e possam viver uma vida longa e saudável.

Acompanhe tudo sobre:CriançasVacinasOMS (Organização Mundial da Saúde)

Mais de ESG

Caatinga tem potencial para recuperar meio milhão de hectares, aponta levantamento

Relatório do Pnud aponta oportunidades em justiça, tecnologia e resiliência

Em 1984, a Basf criou uma ação para atender a lei ambiental, e descobriu uma estratégia de negócios

Indústria eólica dos EUA busca aprendizes sem medo para atender crescimento do setor

Mais na Exame