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Na COP28, Guajajara pede protagonismo indígena nas negociações

Em entrevista à EXAME, a ministra Sonia Guajajara fala do papel da participação indígena na COP28

COP28: povos indígenas passam a ter mais destaque em fóruns de discussão internacional (Leandro Fonseca/Exame)
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 16h19.

Última atualização em 5 de dezembro de 2023 às 16h29.

Nesta terça-feira, 5, Sonia Guajajara, que está à frente do Ministério dos Povos Indígenas , marcou presença na 28ª Conferência das Partes em Dubai. Acompanhada pela presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana, e de outras mulheres indígenas, Guajajara marchou na entrada da conferência.

"O movimento indígena está bem representado aqui na COP, tanto o brasileiro como o de outras partes do mundo", disse a ministra em entrevista à EXAME. "Os indígenas têm essa posição de que ainda é preciso avançar muito no reconhecimento do papel dos territórios e da proteção dos nossos direitos".

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A ministra dos Povos Indígenas explicou que na COP28 , os povos indígenas presentes contam com um espaço chamado caucus, onde é um espaço global de representação indígena. “É neste espaço que se faz as discussões e a tomada de decisões que são apresentadas aos negociadores".

“Para isso, é importante que povos indígenas sejam apoiados e contemplados nos financiamentos climáticos e que esse protagonismo também seja contemplado no processo de negociação”, disse Guajajara.

A ministra é chefe da delegação brasileira na COP28 desde o último domingo, 3 – é a primeira vez que uma líder indígena representa o governo no evento climático. A próxima pessoa a assumir o cargo será a ministra Marina Silva nesta quarta-feira, 6.

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