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IA do Imazon projeta 6,5 km² da Amazônia sob risco de desmatamento em 2025

A plataforma PrevisIA tem indicado as áreas ameaçadas na região desde 2021, com uma assertividade média de 73% nos últimos quatro anos

O Estado do Pará é o mais ameaçado pela derrubada da floresta, justamente onde será realizada a COP30 no Brasil (Ricardo Moraes/Reuters)

O Estado do Pará é o mais ameaçado pela derrubada da floresta, justamente onde será realizada a COP30 no Brasil (Ricardo Moraes/Reuters)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 15h15.

Embora o desmatamento na Amazônia tenha tido a maior queda percentual em 15 anos na última análise histórica do Inpe, o número pode subir caso não hajam ações efetivas e urgentes nas áreas de maior risco.

A nova previsão da plataforma de inteligência artificial do Instituto de Pesquisa Imazon, a PrevisIA, apontou nesta segunda-feira (16) que  6.531 km² podem ser derrubados em 2025 no bioma amazônico -- o que representaria 4% a mais do que o registrado neste ano.

Do total, 2.269 km² (35%) estão sob risco muito alto, alto ou moderado e os outros 4.262 km² (65%) estão na categoria baixo ou muito baixo. 

Carlos Souza Jr, pesquisador do Imazon e coordenador da PrevisIA, ressaltou a importância dos dados visando a prevenção e para o Brasil avançar em direção à meta de desmatamento zero em 2030. "A ação é essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país e mitigar os efeitos das mudanças climáticas que já estão nos afetando seriamente, como as cheias no Rio Grande do Sul e as secas na Amazônia. Precisamos usar a tecnologia a favor da floresta", destacou em nota. 

Os estados do Pará (35%), Amazonas (20%) e Mato Grosso (17%) possuem as maiores áreas sob risco e apenas os três concentram 72% de todo o território ameaçado no bioma, segundo a PrevisIA.

Entre as terras indígenas, a mais ameaçada é a Kayapó (PA), que pode ter uma área equivalente a 2,5 mil campos de futebol derrubada. No ano passado, quem liderava o ranking era a Terra Indígena Apyterewa, também no Pará. Quando se trata de unidades de conservação, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, outro território paraense, também aparece no topo pelo quarto ano consecutivo. 

Atualmente, a plataforma também é usada pelos ministérios públicos do Pará, Amazonas, Mato Grosso e Acre para basear estratégias de proteção da floresta. No Pará, por exemplo, o governo quer liderar uma ação de conscientização para atuar na prevenção do problema. 

“Além de poder ajudar na estratégia nacional de combate ao desmatamento, a PrevisIA também pode auxiliar os governos estaduais e municipais a protegerem suas florestas, já que oferece um mapa das áreas de risco, inclusive com informações de estradas e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) sobrepostos”, complementou Carlos. 

Lançada em parceria com a Microsoft e o Fundo Vale, a tecnologia tem indicado as áreas ameaçadas na região desde 2021, com uma assertividade média de 73% nesses últimos quatro anos.

A estimativa segue os dados oficiais do "calendário de desmatamento" do Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na análise de 2024, a Amazônia perdeu 6.288 km², uma queda de 31% em relação a 2023, e a PrevisIA havia estimado 8.959 km² sob ameaça -- sendo 5.207 km² sob risco muito alto, alto e moderado. 

O Imazon destaca que o modelo se baseia nos dados do período de julho de 2023 a agosto de 2024. Como houve um aumento significativo da derrubada e das queimadas a partir do último mês de análise, a previsão da plataforma pode ser considerada conservadora.

De agosto a outubro deste ano, meses que integram o calendário de 2025 do Prodes, o bioma já perdeu  1.628 km² de florestas -- 25% da estimativa. "Isso significa que as ações preventivas precisarão ser intensificadas principalmente a partir de maio, quando as chuvas na Amazônia deverão reduzir, o que facilita o desmatamento”, concluiu Carlos. 

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