Empresa indiana planeja investir US$ 9 bi em energia renovável
Até 2025, a ReNew Power irá investir em projetos eólicos e solares para aumentar esforços em energia limpa e redução de emissões
Maria Clara Dias
Publicado em 7 de abril de 2021 às 16h41.
Última atualização em 13 de abril de 2021 às 15h14.
A ReNew Power, uma das maiores produtoras de energia renovável da Índia, planeja investir 9 bilhões de dólares em projetos eólicos e solares até 2025 em meio à iniciativa apoiada pelo governo para reduzir as emissões.
A empresa, que conta com Goldman Sachs e Canada Pension Plan Investment Board entre os investidores, pretende mais do que triplicar sua capacidade de energia renovável, para 18,5 gigawatts até 2025, disse o presidente do conselho, Sumant Sinha, em entrevista. A empresa com sede em Gurugram, na Índia, analisará o desenvolvimento de seus próprios projetos, bem como aquisições para o crescimento.
A Índia, terceiro maior emissor mundial de gases causadores de efeito estufa, visa reduzir sua dependência do carvão e expandir a capacidade de energia renovável quase cinco vezes, para 450 gigawatts até 2030, uma oportunidade de investimento de 20 bilhões de dólares por ano até o final da década, de acordo com o primeiro-ministro Narendra Modi. A ReNew se posiciona para desempenhar um papel central no amplo projeto de geração de energia verde do país.
Geração nova também é necessária à medida que milhões de famílias indianas aproveitam o aumento da renda para comprar veículos e eletrodomésticos, gerando crescimento anual de 5% da demanda por energia até 2040 no país, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
“A meta de 450 gigawatts não é apenas algo bom de se ter”, disse Sinha. “É algo que inevitavelmente teremos de alcançar se quisermos atender nossa demanda por energia.”
A ReNew tem cerca de 5,4 gigawatts de usinas eólicas e solares operacionais, enquanto 4,5 gigawatts em projetos estão em desenvolvimento. A empresa fechou um acordo de fusão com empresa americana de cheque em branco RMG Acquisition Corp. II, o que permitirá ser negociada nos Estados Unidos com cerca de 610 milhões de dólares em caixa líquido.