A história da A Tal da Castanha começa muito antes de a bebida vegetal ganhar espaço nas gôndolas dos mercados. Começa no Nordeste, na cajucultura, onde pequenos produtores familiares sustentam há décadas uma cadeia produtiva extensa e historicamente pouco valorizada.
“A cajucultura no Brasil é extremamente distribuída. São milhares famílias envolvidas, com um potencial de impacto social muito grande”, disse Felipe Carvalho, CEO e cofundador da marca junto com seu irmão Rodrigo Carvalho, em entrevista à EXAME.
E foi ali que tudo começou. Criada em 1999 pelo pai de Felipe e Rodrigo, a fábrica de castanhas Amêndoas do Brasil foi o ambiente em que eles cresceram. O negócio familiar exportava castanha de caju para o mercado internacional, mas a inquietação dos irmãos ia além do modelo tradicional de fornecimento de matéria-prima.
“Queríamos transformar a cajucultura, melhorar a renda dos produtores e agregar valor ao produto. Não era só sobre vender castanha, era retribuir para a cadeia”, contou Felipe.
Em 2014, a dupla assumiu o desafio de criar algo novo. O mercado nacional de bebidas vegetais ainda era incipiente e dominado por fórmulas longas, cheias de aditivos importados de modelos europeus e americanos. A resposta da A Tal da Castanha foi ir na direção oposta.
Lançada em janeiro de 2015, a marca chegou com a proposta inovadora de criar uma bebida vegetal feita com apenas dois ingredientes: água e castanha-de-caju.
“Ninguém achava que fosse dar certo”, lembra o CEO.
“Nossa missão passou a ser entregar nutrição de verdade, com um produto limpo, orgânico e transparente.”
Dez anos depois, a A Tal da Castanha é líder nacional no segmento de bebidas vegetais e integra a Positive Company, holding que reúne também as marcas Jungle, Plant Power, Possible e Zaya. O grupo é uma joint venture entre a Positive Brands e o grupo 3corações, parceria firmada em 2020 que permitiu ampliar a escala e a distribuição da operação.
Impacto além do rótulo: primeiro relatório de impacto
Desde o início, o impacto foi pensado de forma holística, garante Felipe. A ambição sempre foi olhar a cadeia de ponta a ponta — do campo ao pós-consumo.
“Não queríamos focar só no consumidor ou só no produtor. A ideia era pensar: ingredientes, fábrica, consumo e tudo que acontece depois", contou.
A visão se materializa agora no primeiro Relatório de Impactos divulgado pela empresa no marco de seus 10 anos.
O documento reúne indicadores ambientais, sociais e de governança e traz, como um de seus principais pilares, um estudo aprofundado de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), conhecido como análise “do berço ao túmulo”.
A análise avalia os impactos da pegada de carbono, pegada hídrica e ocupação de solo, gerados a partir de informações da própria cadeia produtiva.
“Não são números genéricos de banco de dados. São leituras do que fazemos, de quem compramos, de onde produzimos e de como entregamos isto ao mercado”, afirmou o CEO.
Para o executivo, o maior avanço do relatório está em transformar dados em ferramenta de gestão.
“Sustentabilidade sem medição é só discurso. Quando você mede, você consegue decidir com mais assertividade onde investir, onde melhorar e onde estão os gargalos", ressaltou.
Entre os desafios, ele cita a escalabilidade de cadeias orgânicas no Brasil, ainda pouco estruturadas para crescer no mesmo ritmo da demanda.
“Queremos crescer, mas sem abrir mão do DNA. Isso exige desenvolver fornecedores e respeitar os limites da natureza", explicou.
Agricultura familiar no centro da estratégia
A base dessa estratégia está na relação com cerca de 3 mil produtores, concentrados principalmente no Nordeste, com forte presença no Ceará. A empresa investe na certificação orgânica, mantém equipes técnicas com agrônomos em campo e busca garantir previsibilidade e preço justo.
“Existe um preço melhor para a matéria-prima orgânica, mas também um cuidado especial com o cultivo e com o solo. Isso melhora a renda e fortalece a cadeia ao longo do tempo”, destacou Felipe.
O próprio caju reforça a lógica de eficiência ambiental: o fruto é totalmente aproveitável. O pedúnculo vira suco ou doce, a amêndoa se transforma em alimento, a casca gera biomassa para energia e o líquido da casca tem aplicações industriais. “Nada vira resíduo”, resume.
Do chão de fábrica ao pós-consumo
Na indústria, a empresa adota padrões rígidos de qualidade e segurança alimentar, especialmente por atender consumidores com alergias e intolerâncias. As fábricas de beneficiamento de castanha operam há uma década com 100% de energia renovável, assim como a sede da companhia, no Ceará.
No pós-consumo, a A Tal da Castanha compensa 100% das embalagens colocadas no mercado, por meio de parcerias com cooperativas de reciclagem em todo o país.
"A jornada não é perfeita. Sustentabilidade é um caminho contínuo, não tem ponto final”, garantiu Felipe. “Mas fazemos hoje o que é viável, enquanto buscamos evoluir.”
Mirando o futuro, a marca entra em uma nova fase, em que o crescimento passa a ser guiado cada vez mais por métricas ambientais e sociais. “Medir impacto nos ajuda a expandir com consciência”, concluiu Felipe, ao se mostrar otimista com 2026.
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