ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Desmatamento na Amazônia cresce 40% em fevereiro e totaliza 123 km²

Embora este valor seja 30% inferior ao registrado no mesmo período de 2020, ele ainda representa uma alta em comparação com os níveis de janeiro de 2021

 (Rickey Rogers/Reuters)

(Rickey Rogers/Reuters)

Em fevereiro de 2021 o desmatamento na Amazônia identificado pelo sistema de monitoramento Deter/Inpe totalizou 122,8 quilômetros quadrados. Embora este valor seja 30% inferior ao registrado em fevereiro de 2020 e 10% menor que a média dos últimos cinco anos para o mês, ele representa uma alta de aproximadamente 40% em relação ao mês anterior.

Quer aprender mais sobre ESG? Conheça o novo curso da Exame Academy

Assim como janeiro, fevereiro é normalmente um período de elevado volume de chuvas na maior parte da região, contribuindo para baixos índices do desmatamento. Tal tendência é influenciada por fatores inerentes ao processo, que frequentemente se utiliza do fogo para limpeza das áreas desmatadas, e limitações de acesso na região durante os períodos chuvosos. Há ainda uma maior dificuldade no monitoramento nesta época, devido à alta incidência de nuvens nas imagens.

Os cinco municípios que mais desmataram no mês

Em fevereiro foram identificados desmatamentos em 112 municípios, dos quais 79 desmataram menos de 1 km2. Por outro lado, cinco municípios representaram 27,8% de todo o desmatamento identificado no período.   Enquanto no mês de janeiro quatro dos cinco destaques estavam localizados no estado do Mato Grosso, em fevereiro foram dois municípios do sul do Amazonas (Apuí e Novo Aripuanã) e dois em Roraima (Rorainópolis e Caracaraí). Ambas as regiões têm sido apontadas por especialistas como novas fronteiras de ocupação na Amazônia. Já Altamira, no Pará, ficou entre os cinco que mais desmataram em ambos os meses. Conheça mais sobre estes municípios.

Quadro Desmatamento Fev 2021

Essas análises foram embasadas no Deter, o sistema de monitoramento e alerta de desmatamento e outras alterações da cobertura florestal na Amazônia, desenvolvido pelo Inpe para dar suporte à fiscalização, através do repasse diário dos dados mapeados para o Ibama e outros órgãos competentes.  Esse sistema monitora vegetação com fisionomia florestal dentro da Amazônia Legal Brasileira, excluindo áreas previamente desmatadas. Portanto, não são contabilizadas as áreas que passaram por desmatamento no passado, estavam em processo de regeneração florestal e foram novamente desmatadas.

A identificação de alterações da cobertura florestal é feita por interpretação visual de especialistas, com área mínima próxima a 3 hectares. Para o público geral são disponibilizadas as áreas superiores a 6.25 hectares através do site. A metodologia e as estatísticas de validação do Deter publicadas em artigo científico está disponível em: https://doi.org/10.1109/JSTARS.2015.2437075.

Embora o Inpe enfatize que a finalidade do Deter seja a expedição de alertas para suportar a fiscalização e que os números oficiais do desmatamento na Amazônia Legal Brasileira sejam fornecidos anualmente pelo Sistema Prodes, a divulgação do Deter tem permitido que a sociedade acompanhe mais de perto a dinâmica do desmatamento na região.

EXAME vai acompanhar dados mensais de desmatamento
A EXAME irá trazer todos os meses informações sobre o desmatamento na Amazônia, comunicando de forma clara, a partir de fontes oficiais, a situação mensal, para que essa dinâmica possa ser acompanhada mais de perto pela sociedade. Mostraremos a evolução da área desmatada, a localização dos principais focos de desmatamento e quais as principais atividades econômicas nas regiões mais desmatadas.

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaDesmatamento

Mais de ESG

Senado aprova projeto que cria mercado de carbono regulado no Brasil

51% dos empreendedores negros na América Latina já sofreram discriminação racial, revela estudo

Se despedindo da COP29, Brasil entrega meta criticada

Lagos da Amazônia perdem até 18% da área pela seca extrema em outubro