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COP29: Regras de mercado de carbono internacional são aprovadas

Medida é anunciada após quase uma década de debate; entrave sobre financiamento pode empurrar decisão para COP30, no Brasil

COP29: Aprovação das regras do mercado de carbono internacional marca avanço nas negociações climáticas (Leandro Fonseca/Exame)

COP29: Aprovação das regras do mercado de carbono internacional marca avanço nas negociações climáticas (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de novembro de 2024 às 20h27.

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Novas regras que permitem que países ricos comprem “compensações” de redução de carbono de nações em desenvolvimento foram acordadas neste sábado durante a 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão. A decisão foi celebrada, incluindo pelo Brasil, mas ainda há impasses sobre financiamento, o que pode empurrar resoluções para a COP30, em Belém.

A regulamentação do mercado de carbono é considerada um avanço importante para o comércio global de carbono, visando atender às metas do Acordo de Paris. Especialistas veem o potencial de investimentos em países em desenvolvimento, mas alertam que um mau gerenciamento pode prejudicar os esforços globais contra o aquecimento.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, enfatizou que, apesar do progresso, o impasse no financiamento representa um entrave. "Não se trata de um benefício, mas de uma necessidade para a transição energética", destacou.

Debates e impasses

Uma proposta de financiamento para países vulneráveis, que eleva o compromisso de US$ 100 bilhões para US$ 300 bilhões anuais até 2035, foi rejeitada por ser considerada insuficiente. Países insulares e nações africanas pedem um piso de US$ 500 bilhões, culminando em uma interrupção das discussões.
Além disso, a Arábia Saudita foi acusada de editar documentos oficiais, tentando remover menções à redução de combustíveis fósseis. A situação gerou críticas sobre a transparência dos processos.

Mercado de Carbono

As regras aprovadas na COP29 incluem um sistema para o comércio de créditos de carbono entre países, fomentado pela ONU. Mais de 90 acordos já foram firmados, mas preocupações com "greenwashing" e má qualidade dos créditos levantam questionamentos sobre a efetividade do sistema.

Especialistas, como Injy Johnstone, da Universidade de Oxford, apontam que o Artigo 6 pode se tornar uma ameaça ao Acordo de Paris se não forem estabelecidos critérios claros e transparência nas negociações.

Com a COP30 marcada para o Brasil, espera-se que os debates avancem, buscando soluções efetivas para a crise climática global.

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