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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante: linha prioritária para descarbonização com juros de 1% (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Editor ESG
Publicado em 11 de julho de 2024 às 10h14.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) projeta desembolsos de R$ 32,1 bilhões do Fundo Clima até o ano de 2026. A estimativa foi apresentada nesta quarta-feira, 10, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, onde ocorreu uma reunião com a presença do presidente do banco, Aloizio Mercadante, do diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos, Nelson Barbosa, do presidente do Consórcio Brasil Verde e governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, além de representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Criado em 2009, o Fundo Clima possui dois componentes distintos: uma parte não reembolsável, gerenciada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) a partir de recursos do orçamento primário, e uma parte de financiamento sob responsabilidade do BNDES, com taxas diferenciadas. Com o Novo Fundo Clima, o custo ou ganho decorrente da variação cambial será assumido pelo Tesouro Nacional, que repassará seu custo de captação externa ao fundo.
Além do Fundo Clima, o BNDES apresentou o Programa BNDES Invest Impacto, que permite aos governos estaduais apresentarem um conjunto abrangente de investimentos e, posteriormente, submeterem os detalhes técnicos dos projetos individuais para a aprovação do banco.
Durante a reunião, o BNDES explicou as possibilidades de atuação dos estados com o suporte do Fundo Clima e do Programa BNDES Invest Impacto. Além disso, foi demonstrado ao Consórcio Brasil Verde como o banco pode auxiliar na elaboração de projetos de infraestrutura ambiental. O Consórcio Brasil Verde é constituído por 15 estados brasileiros: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe.
Mercadante enfatizou que o Fundo Clima é uma linha prioritária disponível para empresas, estados e projetos dedicados à descarbonização. São destinados R$ 10,4 bilhões, com taxas de juros variando de 1% para projetos relacionados a florestas até 8% para iniciativas voltadas para energia, com uma média de 6,15%.