ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Bancos de desenvolvimento se comprometem com financiamento climático de US$ 120 bilhões até 2030

A nova meta anunciada durante a COP29 em Baku foi comemorada por negociadores e se somaria ao leque de destinados para países em desenvolvimento combaterem a crise climática

Uma COP29 bem-sucedida depende de um acordo global de financiamento climático, vindos de diferentes fontes públicas e privadas (Leandro Fonseca/Exame)

Uma COP29 bem-sucedida depende de um acordo global de financiamento climático, vindos de diferentes fontes públicas e privadas (Leandro Fonseca/Exame)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 13h50.

Já é unanimidade que os desafios impostos pelas mudanças climáticas exigem um financiamento na casa de trilhões de dólares e uma 29º Conferência do Clima da ONU bem-sucedida depende deste acordo global, com metas claras de quantidade e qualidade dos recursos destinados para países em desenvolvimento. Mas para chegarmos lá, especialistas tem reforçado a necessidade de uma combinação de diferentes fontes de investimentos públicos e privados.

Neste sentido, a COP29 em Baku, no Azerbaijão, trouxe um sinal positivo dos maiores bancos multilaterais de desenvolvimento do mundo: um compromisso de financiar US$ 120 bilhões até 2030 para o clima -- um aumento de cerca de 60% em relação ao montante em 2023. 

Embora ainda seja longe dos trilhões, o compromisso sinaliza o apoio das instituições financeiras na mobilização dos fundos para ajudar as economias emergentes a reduzirem suas emissões e investirem em adaptação climática e cidades mais resilientes.

Além disso, o grupo que inclui o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento e o Banco Intramericano de Desenvolvimento também projetaram mobilizar mais US$ 65 bilhões do setor privado até o final desta década.

Nesta quarta-feira (13), o BID e seu braço para o setor privado, BID Invest,anunciou uma ampliação nos investimentos para US$ 11,3 bilhões até 2030 na América Latina e Caribe, com foco em aumentar a ação climática na região.

Em nota, o banco destacou que pretende atingir 50% em financiamento verde e climático, enquanto o BID Invest projeta 60%, incluindo a mobilização de capital privado. Em 2023, o valor era de US$ 7,5 bilhões. 

As projeções estariam alinhadas com os compromissos de ambas e incluiriam o direcionamento de US$ 25 bilhões para adaptação e financiamento de duplo propósito até o final da década. 

“Estamos dando passos concretos para assegurar que nossos recursos gerem progressos reais, focando nas regiões que mais precisam deles e construindo resiliência onde ela importa", disse Jordan Schwartz, Vice-Presidente Executivo do BID, no comunicado. 

Países começam a rascunhar o documento de financiamento

O tema de financiamento climático é central nesta COP29 e negociadores consideraram o compromisso como um "impulso inicial" para as próximas semanas de Cúpula e rumo a um acordo final.

Em 2009, os países desenvolvidos se comprometeram a contribuir com US$ 100 bilhões por ano para ajudar os em desenvolvimento, mas o patamar foi alcançado apenas em 2023 e o valor se mostrou insuficiente.

Acompanhe tudo sobre:COP29COP30ClimaMudanças climáticas

Mais de ESG

COP29: Brasil, Austrália e ilhas do Pacífico lançam aliança de povos indígenas

Capital da Índia atinge nível de poluição 50 vezes maior que o aceito pela OMS

COP29: "Presente de Deus" para presidente do Azerbaijão, combustíveis fósseis atingem novo recorde

Fundo para perdas e danos pela mudança climática está 'pronto' para entrar em vigor