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Desmatamento na Amazônia: área desmatada entre janeiro e abril dobrou neste ano (LeoFFreitas/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2022 às 12h06.
Última atualização em 6 de maio de 2022 às 14h57.
Talita Assis
O desmatamento em abril de 2022 alcançou 1.012,5 km2, segundo dados do Deter/Inpe. Além de ser o maior registro para o mês de abril em toda a série disponível do Deter/Inpe, também é o primeiro registro de desmatamento mensal acima de 1.000 km2 entre outubro e abril, considerando a mesma série.
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De maneira geral existem tendências de maior ou menor intensidade de atividades que causam alterações na cobertura florestal na Amazônia ao longo do ano e nessa época os registros de desmatamento costumam ser menores, por se tratar de uma época de chuvas na maior parte da região. Isso se deve tanto a fatores externos, como a dificuldade de acesso, quanto a fatores inerentes ao próprio processo de desmate, como o frequente uso do fogo para a limpeza da área recém-desmatada. Além disso, a presença de nuvens nas imagens de satélite dificulta o monitoramento de algumas áreas, podendo contribuir para a diminuição na identificação de desmatamento durante o período chuvoso.
No entanto, os números estão preocupando agora, no final da estação chuvosa: a área desmatada entre janeiro e abril de 2022 identificada pelo Deter/Inpe foi de 1.954 km2, mais que o dobro da média para o período, que é de 959 km2.
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Onde este desmatamento está ocorrendo?
Segundo a Sala de Situação da Amazônia, sistema do Inpe que analisa o desmatamento identificado pelo Deter, as regiões mais afetadas foram o sul do Amazonas e o sudoeste do Pará. Estas áreas vêm se destacando continuamente, mostrando que apesar de todo o recurso de monitoramento empregado, que tem permitido identificar com maior eficiência as áreas desmatadas, as atividades de desmatamento continuam ocorrendo com grande intensidade, exigindo a evolução também das estratégias de fiscalização para proteger a floresta.
Os municípios com maior área desmatada identificada esse mês foram: Lábrea-AM (107 km2), Altamira-PA (94 km2), Apuí-AM (86 km2), Colniza-MT (74 km2) e Novo Progresso-PA (67 km2). Entre elas, chama a atenção o caso de Novo Progresso, onde 56,4% do desmatamento foi identificado em unidades de conservação.
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