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Programa para recuperar áreas degradadas conta com apoio do Japão

Foco do Ministério da Agricultura e Pecuária é transformar área de 40 milhões de hectares para aumentar produtividade

Serão apoiados pelo programa empreendimentos inscritos no Cadastro Ambiental Rural (Solinfttec/Divulgação)

Serão apoiados pelo programa empreendimentos inscritos no Cadastro Ambiental Rural (Solinfttec/Divulgação)

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Publicado em 22 de maio de 2024 às 08h05.

Visto com grande potencial pelo governo, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis tem o propósito de transformar uma área total de 40 milhões de hectares no prazo de dez anos.

Caso o programa seja bem-sucedido, a projeção é que seja duplicada a área de produção de alimentos no Brasil, evitando a expansão agropecuária sobre áreas de vegetação nativa.

A iniciativa é uma das prioridades da gestão de Carlos Fávaro à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária e conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apoiar exclusivamente empreendimentos inscritos no Cadastro Ambiental Rural e que, no prazo de dez anos, reduzam as suas emissões ou aumentem a absorção de gases de efeito estufa (GEEs) por meio do uso de práticas sustentáveis.

Os investimentos poderão ser feitos para melhorar o pasto e intensificar a produção pecuária para o cultivo de grãos em lavouras temporárias.

Nesta semana, Fávaro participou de reunião com o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Sachiko Imoto, na Embaixada. Na ocasião, os representantes do país asiático reforçaram o apoio à iniciativa, que já havia sido sinalizado durante visita do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida à Brasília, no começo do mês.

A parceria com a agência japonesa seguirá por meio de cooperação financeira e técnica com foco em pesquisa, desenvolvimento e inovação, para descobrir detalhes sobre fatores de risco para a degradação e identificação de novas tecnologias que possam contribuir para esse trabalho.

Os montantes a serem aportados serão definidos pelo governo japonês, com taxas de juros fixadas entre 1,7 e 2,4% em Iene japonês e prazo para pagamento entre 15 e 40 anos, além de carência entre 5 e 10 anos. Ainda serão realizadas discussões sobre a modelagem financeira e início do relatório, que deve ter anúncio oficial durante a Cúpula do G20, em novembro.

“Estamos em um momento importante da nossa parceria. É um plano sustentável, que garante segurança alimentar respeitando as premissas do meio ambiente. O Brasil tem muito orgulho dessa parceria", destacou Fávaro.

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