Diogo Corona reforça que um dos propósitos da marca é o de estar sempre pronta para atender o maior número de alunos (Instagram Smart Fit/Reprodução)
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Publicado em 27 de maio de 2024 às 13h50.
A rede de academias Smart Fit, que nos últimos anos tem avançado no mercado internacional, fechou o primeiro trimestre com 401 mil novos clientes. Segundo o COO da empresa, Diogo Corona, a rede bateu recorde de abertura de novas academias em março deste ano, quando foram inauguradas 238 novas unidades.
Em entrevista à Esfera Brasil, o executivo afirmou que vê espaço para dobrar o número de lojas atuais e reforçou que um dos propósitos da marca é o de estar sempre pronta para atender ao maior número possível de alunos. Atualmente, a Smart Fit está presente em outros 14 países além do Brasil e, ao todo, conta com 1.441 unidades.
Confira abaixo:
Os números de unidades da Smart Fit cresceram consideravelmente em relação ao ano passado, inclusive internacionalmente. Conte-nos sobre as intenções de expansão da marca fora das fronteiras brasileiras: quais são os próximos passos?
A Smart Fit tem presença em 15 países da América Latina, sendo que aproximadamente metade das lojas está no Brasil e metade nos demais países latino-americanos. A tendência é que a participação dos outros países cresça cada vez mais em relação ao Brasil, seguindo a proporção da população de cada um. Hoje, o Brasil tem cerca de 215 milhões de habitantes, enquanto a população somada desses outros 14 países é de pouco mais de 360 milhões de pessoas, ou seja, 70% a mais que a brasileira.
Em março, registramos o recorde de abertura de lojas em 12 meses. Foram 238 unidades adicionadas no acumulado no período, e a expectativa de 2024 é atingir entre 240/260 novas lojas. A ideia é seguir nessa expansão e consolidar cada vez mais os 15 países em que temos presença. Acreditamos que temos espaço para dobrar o número de lojas atuais, mantendo essas mesmas geografias.
Em que a Smart Fit tem apostado para atrair tantos novos clientes, visto o número de alunos adicionados no primeiro trimestre?
O negócio de academias tem uma particularidade sazonal. O setor diz que janeiro é o equivalente ao Natal para o comércio e faz com que o primeiro trimestre tenha um peso maior em relação ao resto do ano. Nosso objetivo é sempre estarmos preparados para receber o maior número de alunos, tanto operacionalmente quanto em marketing, mídia e atração dos mesmos. A força da marca e a capilaridade ajudam também na busca ativa das pessoas, dado que somos top of mind da categoria.
Na avaliação de vocês, de onde vem essa demanda pelo "fitness" agora? É possível fazer alguma correlação de cenário de inflação e renda?
A demanda pelo fitness vem crescendo nos últimos anos. Essa tendência foi observada ao longo das décadas e cresceu ainda mais depois da pandemia. As pessoas passaram a perceber a importância de se manterem saudáveis. A isso se somam os hábitos da geração Z, que inclui maior cuidado com a saúde e o bem-estar. Outro dado é a renda disponível das pessoas, que é determinante na demanda por academia, dado que é algo que está nos primeiros lugares de uma lista de cortes quando o dinheiro encurta. Mas o que vimos mais recentemente é que, na lista de prioridade das pessoas, a academia tem ganhado posições. Ou seja: cada vez mais é algo que as pessoas resistem a cortar do orçamento.