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JBS destaca a relevância da agricultura regenerativa na transição climática

No Fórum Esfera 2023, a diretora de Sustentabilidade da empresa citou como incluir os pequenos produtores na pecuária de baixo carbono

No Fórum Esfera 2023, a economia verde esteve em discussão entre empresários e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (Esfera Brasil/Divulgação)
Esfera Brasil

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Publicado em 29 de agosto de 2023 às 08h00.

Última atualização em 4 de setembro de 2023 às 11h38.

A diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, Liège Correia, participou do Fórum Esfera 2023, realizado pela Esfera Brasil no último sábado, 26, em Guarujá, litoral de São Paulo. No painel “Economia Verde: Agro, Mineração e Baixo Carbono”, ela destacou caminhos para uma agropecuária mais produtiva e sustentável. O evento, que está em sua segunda edição, reuniu líderes dos Três Poderes, empresários, empreendedores e a classe produtiva para debater e propor soluções para a reindustrialização do País.

A executiva discorreu sobre a atuação da JBS para garantir a rastreabilidade de sua cadeia de fornecimento de bovinos, além de ajudá-la a adotar modelos produtivos mais eficientes e que preservam o meio ambiente, como técnicas regenerativas do solo, a exemplo da integração lavoura-pecuária-floresta. Em sua visão, são ferramentas importantes para ajudar na transição climática do País.

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“É nas fazendas, nas propriedades rurais, que a floresta vai ser preservada”, pontuou. Nesse sentido, Liège explicou que, para rastrear sua rede de fornecimento de bovinos garantindo o respeito aos critérios socioambientais, a empresa utiliza um sistema de monitoramento via satélite. Para assegurar que esse controle chegue aos fornecedores de seus fornecedores, a JBS utiliza a tecnologia blockchain.

Porém, a empresa defende que somente bloquear os produtores não conformes com seus critérios socioambientais não é a solução definitiva. É necessário, segundo a diretora, estabelecer parcerias colaborativas com os produtores, ampliar as soluções em direção a uma agricultura com baixa emissão de carbono e garantir que as mensagens sobre a urgência da pauta climática e dos caminhos existentes para a regularização ambiental cheguem a eles corretamente. “O Brasil tem 6,5 milhões de propriedades rurais cadastradas atualmente”, contou Liège. “Temos buscado chegar nos produtores para ajudá-los na regularização socioambiental, oferecer o apoio de que precisam para transformar a produção pecuária. Para isso, criamos os escritórios verdes”, acrescentou.

A iniciativa da JBS auxilia produtores da pecuária a agirem de acordo com a legislação e com a política de compra responsável da companhia, bem como a terem acesso a orientações sobre como tornar as propriedades mais eficientes e sustentáveis.

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Em dois anos desde que o programa foi criado, mais de 6.000 propriedades rurais receberam apoio gratuito da empresa para regularizar a produção. Nessas fazendas, uma área equivalente a dois mil campos de futebol já foi recuperada.

Hoje, a JBS tem 19 escritórios verdes e, até o fim deste ano, contará com 20 unidades capazes de atender todas as regiões do Brasil. A meta é atingir a marca de mais de oito mil propriedades apoiadas. A iniciativa também conecta os produtores a instituições financeiras que oferecem acesso a crédito facilitado.

Também participaram do painel o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, e a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral-Gardner.

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