Curitiba prepara mudança no transporte público com foco na descarbonização
Concessão será estruturada para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, e o leilão está previsto para acontecer no terceiro trimestre de 2025
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Publicado em 17 de abril de 2024 às 06h00.
Dando prioridade à eletromobilidade, a cidade de Curitiba deve viver um novo capítulo no transporte público nos próximos anos. A meta é que 33% da frota de ônibus seja formada por veículos zero emissões até 2030, percentual que alcançará 100% em 2050, e o compromisso foi selado na última semana.
A concessão será estruturada para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, e o leilão está previsto para acontecer no terceiro trimestre de 2025. O encontro em que foram apresentadas as bases para uma nova concessão do transporte contou com a presença do prefeito Rafael Greca e da superintendente da Área de Soluções para Cidades do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciene Machado.
Atualmente, o transporte público da capital paranaense conta com 1.226 ônibus distribuídos em 250 linhas que atendem mais de 1,3 milhão de passageiros diariamente. No entanto, a utilização de ônibus na capital paranaense tem caído desde a pandemia. Nos terminais de integração, é possível desembarcar de uma linha de ônibus e embarcar em outra sem a necessidade de pagar uma nova tarifa. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 66% das emissões de gases do efeito estufa vêm do transporte.
Formada por três consórcios que abrangem dez empresas privadas, a concessão vigente foi realizada em 2010 e expira em setembro de 2025. Com o novo modelo, o objetivo é aumentar os deslocamentos feitos por transporte coletivo dos atuais 51% para 85% e reduzir de 45,8% para 7% a proporção realizada por veículos individuais.
Também é esperado que os 70 primeiros ônibus elétricos adquiridos recentemente comecem a rodar na cidade ainda no primeiro semestre.
Painéis solares em terminal
Neste mês, foram inaugurados 900 módulos fotovoltaicos no telhado do terminal Santa Cândida, no bairro Tingui. De acordo com a prefeitura, a economia de energia representa uma redução no gasto financeiro de R$ 411 mil.
Seguindo a mesma dinâmica estão sendo instalados sistemas fotovoltaicos na cobertura de outros dois terminais urbanos: Pinheiro e Boqueirão. Nesse sistema, a energia é transferida para a rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).
Em outra frente de sustentabilidade, até o fim do primeiro semestre deve começar um período de testes na utilização de um caminhão elétrico na coletiva seletiva na capital paranaense. A expectativa é que sejam conhecidos parâmetros que atestem vantagens deste tipo de veículo na prestação deste tipo de serviço.
Parcerias público-privadas e modelos de concessões são um dos temas a serem abordados no Seminário Brasil Hoje, promovido pela Esfera Brasil na próxima semana. O evento será na próxima segunda-feira, dia 22, e terá transmissão ao vivo pelo Youtube. Você pode ativar suas notificações para receber um alerta no início dos debates.