Brasil produz 90% da demanda mundial por nióbio, metal essencial para transição energética
Reserva nacional é de 16 milhões de toneladas, segundo o Anuário Mineral Brasileiro; em 2022, o País arrecadou mais de R$ 137 milhões com o mineral
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Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 07h10.
O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio e responde por aproximadamente 89% do mercado global, segundo o Serviço Geológico Americano. O mineral é considerado estratégico para a transição energética, uma vez que é utilizado para aprimorar as ligas metálicas, aumentando a eficiência energética nas combinações.
A reserva brasileira de nióbio é de 16 milhões de toneladas, de acordo com o Anuário Mineral Brasileiro (AMB), e está concentrada em Minas Gerais, Goiás, Rondônia e na Amazônia.
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O nióbio é um metal não ferroso que é retirado dos minerais pirocloro e columbita-tantalita. É utilizado em ligas metálicas na indústria automobilística, em obras de infraestrutura, também em usinas de energia térmica, hidrelétrica e eólica.
Entre as utilizações estão:
- aços de alta resistência e baixa liga e aços inoxidáveis (ferro nióbio standard );
- superligas e indústria aeroespacial (ferro nióbio refinado);
- indústria óptica e eletrônica (pentóxido de nióbio);
- supercondutores, tomógrafos e aceleradores de partículas (nióbio metálico e ligas especiais);
- baterias de veículos elétricos.
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Maior produtor mundial
Em 2022, a produção brasileira de nióbio arrecadou mais de R$ 137 milhões, sendo que o País é o primeiro produtor mundial do mineral.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Brasil tem uma cadeia de beneficiamento do metal, por isso consegue exportar e usar internamente os subprodutos da extração. De acordo com informações do setor privado, a cadeia gera mais de 7 mil empregos diretos no País.
O Plano Nacional de Mineração 2050 projeta uma produção de 171,7 mil toneladas de nióbio em 2050, o que será essencial para alavancar a economia nacional. “Essas projeções reforçam a importância da mineração para o desenvolvimento do País e impulsionamento das regiões onde está inserida”, informou o Ministério em comunicado.