Economia

Votação da reforma no Senado deve ser entre 20 e 30 de setembro, diz Onyx

Governo espera que aprovação em 2º turno na Câmara dos Deputados ocorra até a próxima quarta-feira,7, e acredita manter os mesmos votos do 1º turno

Onyx Lorenzoni: ministro da Casa Civil falou sobre expectativas para andamento da reforma da Previdência (Adriano Machado/Reuters)

Onyx Lorenzoni: ministro da Casa Civil falou sobre expectativas para andamento da reforma da Previdência (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 18h04.

Última atualização em 5 de agosto de 2019 às 18h50.

O governo espera votar a reforma da Previdência no Senado entre os dias 20 e 30 de setembro, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após se reunir com o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), na residência do parlamentar.

Na Câmara, a expectativa do Planalto é conseguir aprovar a proposta em segundo turno entre terça, 6, e quarta-feira, 7. "Estamos nesta retomada. Vamos azeitar aí as relações do poder Executivo e o Legislativo para que a gente tenha boas vitórias em favor do Brasil", comentou Onyx.

Para isso, observou Onyx, deve ser apresentado um requerimento de quebra de interstício no plenário - ferramenta regimental para eliminar o intervalo mínimo de sessões entre o primeiro e o segundo turno de votações.

Nesta segunda, a Câmara dos Deputados cancelou a sessão que deveria contar como prazo para a votação. Eram necessários 51 deputados na Casa, mas 45 registraram presença. Uma nova sessão foi convocada para esta terça-feira às 9h.

"Isso é assim. Retorno de recesso, segunda-feira, sempre é complicado. Amanhã (terça) vamos chegar no quórum. Basta apresentar requerimento de quebra de interstício, isso está tudo solucionado, vamos para o voto", comentou o Onyx.

Ele calculou que quatro destaques para tentar alterar a proposta serão apresentados na Câmara. "A gente deve sustentar a reforma com potência fiscal de quase R$ trilhão que aprovamos no primeiro semestre."

Nesta terça, Onyx deve ter um café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para mapear os votos do segundo turno.

O governo espera manter o placar da primeira votação, de 379 votos favoráveis. "Nos nossos cálculos, a gente deve, a princípio, manter o placar. Se tiver alguma perda, pode ser por um ou dois votos. Não mais do que isso", afirmou o chefe da Casa Civil.

PEC paralela para Estados e municípios

O governo concorda em incluir Estados e municípios nas mudanças previdenciárias por meio de outra Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A ideia, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, é que o assunto seja discutido paralelamente à tramitação da reforma da Previdência no Senado, mas em outro texto.

A extensão das novas regras de aposentadoria para servidores estaduais e municipais foi retirada da reforma que o governo elaborou pelos deputados federais. A princípio, disse Onyx, o Planalto concorda com a articulação de líderes do Senado de colocar o item em uma PEC paralela. "Mas depende de como ela vem como vai ser configurado. Não tem texto, é prematuro dizer qualquer coisa", ponderou o ministro, acrescentando que ainda "não temos um desenho além da vontade".

Concessões

Comentando a agenda do governo e do Congresso no segundo semestre, Onyx afirmou que a equipe do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), plano que está sob o guarda-chuva da Casa Civil, deve acelerar procedimentos para antecipar o cronograma de concessões. Ele não citou quais projetos poderão ter prazos adiantados.

Em relação aos compromissos do governo, o chefe da Casa Civil afirmou que a intenção é desburocratizar e facilitar investimentos. As novas normas de segurança do trabalho, sancionadas na semana passada, devem gerar economia de R$ 5 bilhões para a iniciativa primada em um ano, exemplificou.

Acompanhe tudo sobre:Onyx LorenzoniReforma da PrevidênciaSenado

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor