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Virada no mercado: dólar cai, bolsa sobe

À medida que voltavam do almoço, os operadores do mercado financeiro surpreendiam-se com os números que viam nas telas de seus terminais. Pela primeira vez em muitos dias, o cenário era totalmente diferente do que vinha ocorrendo nos últimos dias. A Bolsa de Valores de São Paulo registrava a primeira alta significativa em doze dias. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

À medida que voltavam do almoço, os operadores do mercado financeiro surpreendiam-se com os números que viam nas telas de seus terminais. Pela primeira vez em muitos dias, o cenário era totalmente diferente do que vinha ocorrendo nos últimos dias.

A Bolsa de Valores de São Paulo registrava a primeira alta significativa em doze dias. O índice Bovespa era negociado a mais de 8 900 pontos, uma valorização de mais de 4% em relação à sexta-feira. A Bovespa fechou a terça-feira com alta de 4,34%, interrompendo uma sucessão de três pregões de baixa. Segundo operadores, melhora sensível nos mercados externos e alívio no mercado de câmbio animaram os invetidores em bolsa. O Ibovespa encerrou o dia a 8.997 pontos, com ganhos de 4,35 por cento.

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Além da Bolsa, o dólar voltou a cair e fechou em queda. As cotações da moeda americana chegaram a 3,79 reais, mas recuaram no início da tarde e acabaram fechando em 3,61 reais, queda de 3,99% em relação à segunda-feira.

Os profissionais do mercado financeiro apontavam três razões para essa virada. A primeira são rumores, até agora não confirmados, de que as pesquisas eleitorais que serão divulgadas na noite desta terça-feira vão mostrar que aumentaram as chances de haver um segundo turno nas eleições presidenciais do próximo domingo. Os números em que o mercado aposta são de 43% das intenções de voto para Lula e 19% para Serra. Colocados na ponta do lápis, esses números indicam um teto de alta nas intenções de voto para Lula e uma interrupção na queda de Serra. Nas contas do mercado, se confirmado, esse rumor aumenta as chances de uma polarização com José Serra e reduz a possibilidade de vitória do candidato petista logo no primeiro turno. "Se confirmados, esses números indicam que vai haver um segundo turno", diz um operador de ações. "E aí é outra eleição."

O segundo motivo é uma conjuntura internacional mais calma. As ações estão subindo em Nova York e o governo do Iraque concordou em aceitar a volta dos inspetores militares da ONU.

O terceiro motivo é puramente técnico. Os preços estão muito baixos após as fortes quedas dos últimos dias. Por isso, bancos e fundos estão bastante ativos no mercado comprando títulos da dívida e ações, aproveitando pechinchas. Entre os compradores, dizem alguns profissionais do mercado, estão também instituições financeiras estatais e seus fundos de pensão.

Estados Unidos

As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, em que o índice Dow Jones registrou seu maior ganho diário desde julho. Os indicadores aceleraram a valorização após o arrefecimento dos temores de uma guerra com o Iraque. O país aceitou a entrada de inspetores de armas no país, o que deve acontecer em duas semanas.

O índice Dow Jones disparou 4,57%, para 7.938 pontos, na alta mais acentuada em um único dia desde 29 de julho. O indicador de tecnologia Nasdaq saltou 3,55%, aos 1.213 pontos.

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