Economia

Vice-presidente da CNI cobra celeridade do governo em política industrial

Leonardo de Castro defendeu um esforço e o compromisso das lideranças e instituições para impulsionar a neoindustrialização

Indústria brasileira: nova política do governo federal terá R$ 300 bilhões disponíveis para financiamentos até 2026 (FG Trade/Getty Images)

Indústria brasileira: nova política do governo federal terá R$ 300 bilhões disponíveis para financiamentos até 2026 (FG Trade/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 15h35.

O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Leonardo de Castro, afirmou nesta segunda-feira, 22, que o lançamento da nova política industrial se insere em uma "janela de oportunidade histórica" nacional, mas cobrou celeridade da gestão federal.

Em evento no Palácio do Planalto, Castro afirmou que não se pode manter uma "ilusão ideológica" que em nada ajuda o País e defendeu que haja um esforço e o compromisso das lideranças e instituições para uma nova concertação pela neoindustrialização.

A chamada "Nova Indústria Brasil" foi lançada nesta segunda-feira em evento com participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o governo, a nova política industrial, que irá nortear esforços para o desenvolvimento nacional até 2033, terá R$ 300 bilhões disponíveis para financiamentos até 2026.

Em sua fala, o representante da CNI ressaltou a recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a escolha do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para liderar a Pasta, além do fortalecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

Segundo ele, esses movimentos são "sinais claros" de uma mudança para a construção do Brasil. Contudo, Castro afirmou que a janela de oportunidade é curta e que o País não está avançando na velocidade necessária.

"Hoje estamos reafirmando a opção do Presidente da República de recolocar a indústria no centro da estratégia de desenvolvimento para que possamos retomar índices de crescimento maiores e poder ofertar um caminho consistente e alinhado com o que os países desenvolvidos fazem, permitindo mais e melhores empregos, dignidade e orgulho próprio", afirmou o executivo em seu discurso. "Não podemos mais manter uma ilusão ideológica que em nada ajuda o Brasil. Precisamos ter sinceridade e reconhecer que nos últimos 40 anos, o Brasil foi o país que mais perdeu no concerto das nações. É preciso mudar. E vamos precisar de todos para uma nova concertação pela neoindustrialização. E Vossa Excelência pode contar com o compromisso da CNI e das lideranças industriais aqui presentes", disse.

No discurso, ele ressaltou que a política nacional requer continuidade no longo prazo, como uma política de Estado.

"Sabemos que a 'Nova Indústria Brasil' é um plano em construção e que teremos muito trabalho à frente. Também sabemos que planos de desenvolvimento industrial só têm sucesso quando construídos com intensa participação dos setores envolvidos. É essencial que o setor empresarial participe cada vez mais no seu desenho e na sua implementação, contribuindo mais para o maior sucesso dessas medidas", comentou. "Uma indústria forte e competitiva é a base para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil."

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