Venezuela: Maduro ordenou o confisco das notas de 100 bolívares para combater supostas máfias colombianas que as armazenam para desestabilizar a economia da Venezuela (Ueslei Marcelino/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 18h20.
Caracas - Milhares de venezuelanos foram nesta terça-feira às agências bancárias públicas e privadas do país para entregar suas notas de 100 bolívares, a de maior valor na moeda nacional, que perderão seu valor e deixarão de circular a partir de quinta-feira por ordem do presidente, Nicolás Maduro.
Dezenas de bancos da zona leste de Caracas registram filas de até 150 pessoas, a maioria idosos, que esperavam para entregar o dinheiro.
Das entidades bancárias privadas consultadas pela Agência Efe, apenas uma afirmou que estava realizando troca de efetivo, ou seja, aceitando até 50 mil bolívares em notas de 100 e devolvendo a mesma quantia em notas de 2, 5 e 10 bolívares.
Os demais bancos estão aceitando o dinheiro apenas para depósito em conta.
Nos caixas eletrônicos, onde até semana passada haviam filas para saque devido a escassez de papel-moeda no país, o atendimento é tranquilo para quem quiser retirar dinheiro, inclusive em notas de 100, que sairão de circulação em 72 horas.
O ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, informou sobre o desdobramento de mais de 58 mil membros da polícia e da Força Armada Nacional em 3.504 "entidades financeiras" em todo o país para implementar um sistema de "segurança nacional cidadã" até o próximo dia 15.
Maduro ordenou o confisco das notas de 100 bolívares para combater supostas máfias colombianas que as armazenam para desestabilizar a economia da Venezuela.