Economia

Venezuela quer criar bloco comercial "sem dólar" com China, Rússia e Índia

Maduro procura alternativas para receber os pagamentos das vendas de petróleo após as sanções impostas pelos Estados Unidos

Venezuela quer criar um bloco comercial formado pela China, Índia e a Rússia, evitando a moeda norte-americana (Marco Bello/Reuters)

Venezuela quer criar um bloco comercial formado pela China, Índia e a Rússia, evitando a moeda norte-americana (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 11h31.

Nova Délhi - A Venezuela quer criar um bloco comercial formado pela China, Índia e a Rússia para ajudar o país sul-americano a concluir pagamentos de petróleo em outras moedas que não sejam o dólar, disse o ministro do Petróleo venezuelano nesta terça-feira.

O país está em busca de métodos de pagamento alternativos para manter o fluxo de petróleo para a Índia, um mercado de exportação crucial para o país, especialmente depois que os Estados Unidos impuseram sanções para restringir as exportações de petróleo do membro da Opep para os EUA.

"Todos nós podemos construir uma única economia e essa economia não precisa estar necessariamente dentro da economia do dólar", disse Manuel Quevedu, referindo-se à China, Rússia e Índia.

Quevedu, que na segunda-feira disse que Caracas estava aberta para negociar com Nova Délhi, recusou-se a revelar detalhes sobre como planeja fazer negócios com a Índia.

"Certamente não vamos informar aqueles que querem destruir nossa indústria petrolífera (sobre como planejamos fazer negócios)", disse ele à margem da bienal Petrotech Conference, na Índia.

A Venezuela está fornecendo petróleo para todos os seus parceiros, incluindo a Reliance Industries , apesar das sanções, disse Quevedu.

A Reliance, que paga uma quantia significativa de suas compras da PDVSA em dinheiro, fornece combustível para a Venezuela por meio de sua unidade americana RIL, mostraram registros comerciais internos da PDVSA.

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