Vendas reais dos supermercados crescem 6,27% em abril, diz Abras
Na comparação com março, as vendas de abril subiram 4,06%
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de maio de 2017 às 14h16.
Última atualização em 31 de maio de 2017 às 14h18.
As vendas dos supermercados brasileiros cresceram 6,27% em termos reais em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o setor acumula crescimento real de 0,5% nas vendas.
Na comparação com março, as vendas de abril subiram 4,06%. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em termos nominais, a alta nas vendas em abril foi de 10,65% na comparação com o mesmo mês de 2016. Já o resultado acumulado do ano é de crescimento nominal de 5,25% ante 2016.
Em nota, a Abras considerou que o crescimento nas vendas era esperado no mês devido a um efeito de calendário. As vendas de Páscoa este ano se concentraram em abril enquanto, em 2016, o evento ocorreu em março.
O presidente da entidade, João Sanzovo Neto, avaliou ainda que os dados do acumulado do ano indicam "leve sinal de crescimento". Ele considerou que o recuo da inflação favorece o setor, em razão do aumento do poder de compra das famílias, mas ponderou que a instabilidade política e o desemprego ainda pesam negativamente.
Cesta
O preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros subiu 0,99% em abril na comparação com março deste ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras.
O preço total da cesta saiu de R$ 465,55 em março para R$ 470,16 em abril. Já na comparação com março de 2016 o preço subiu 1 05%.
Entre as maiores altas do mês passado estão itens como tomate, cujo preço aumentou 40,66% ante o mês anterior; batata, aumento de 31,74%; e farinha de mandioca, com alta de 8,12%. Já as maiores quedas foram encabeçadas por óleo de soja, cujo preço recuou 6,99%; desinfetante, queda de 3,20%; e feijão, retração de 3,18%.