Vendas nos supermercados devem se recuperar em 2012
De janeiro a outubro, o volume das vendas nos supermercados, a pedido da Abras, acumula crescimento de 2% frente a igual intervalo do ano passado
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h49.
São Paulo - Após um ano de desaceleração no ritmo de crescimento do volume de vendas nos supermercados , as perspectivas do setor são melhores para 2012 em termos de quantidade de produtos comercializados nos autosserviços. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, o aumento do salário mínimo, de aproximadamente 14%, a partir de janeiro de 2012, terá um reflexo importante na aceleração do consumo. A expectativa do executivo é de que o volume de vendas cresça, ao menos, 3% em 2012.
"Vamos começar bem 2012, com o aumento do salário mínimo", disse, acrescentando que o reajuste terá impacto sobretudo em regiões que contam com o salário mínimo como referencial de renda, como o Nordeste. Honda citou ainda que outras medidas, como a redução promovida pelo Banco Central desde o mês de agosto nos juros, devem se refletir no aumento das vendas em 2012.
De janeiro a outubro, o volume das vendas nos supermercados, principalmente as de produtos industrializados, medido pela Nielsen, a pedido da Abras, acumula crescimento de 2% frente a igual intervalo do ano passado. Esse desempenho representa uma desaceleração frente ao ritmo de 7,1% de aumento do volume das vendas observado nos dez primeiros meses de 2010 ante igual intervalo de 2009. "Em 2010, as vendas estavam muito aquecidas", disse Honda.
No caso das bebidas alcoólicas, de janeiro a outubro de 2010, as vendas avançaram 16,8%, porcentual de aumento que desacelerou para 6,3% no mesmo intervalo de 2011. Situação semelhante ocorreu com perecíveis, com desaceleração no período de 10,2% para 4,7%; em bebidas não alcoólicas, de 11,5% para 2,9%; em higiene e beleza, de 3,6% para 1,9%; em mercearia doce, de 4,9% para 1%; e em limpeza caseira, de 6,6% para 0,8%.
Entre os produtos com maior queda porcentual no volume de vendas neste ano destacam-se sabão em barra (-13,2%), chá (-9,9%), lã de aço (-8,6%), óleo e azeite (-8%), farinha de trigo (-8%), leite condensado (-5,3%), arroz (-4,9%) e café em pó e grãos (-4,3%). No lado oposto, as maiores altas ficaram com vinho (+35,7%), suco de frutas pronto para o consumo (+17,1%), bebidas à base de soja (+13,8%) e chocolate (+12,2%).
Honda avaliou que em 2012 as categorias que mais cresceram em participação na cesta de consumo dos brasileiros, como perecíveis e bebidas devem comandar a aceleração das vendas. "Com mais renda, os consumidores das classes C e D ampliam a cesta de consumo e os das classes A e B, sofisticam", explica.
Outro fator que deve contribuir para uma aceleração é o processo de estabilidade nos preços. Honda pontuou que, até o momento, se observam condições climáticas favoráveis à agricultura, boas perspectivas de safra e commodities sem pressão de alta.
De acordo com a cesta de produtos da Abras, encomendada à GfK, formada por 35 itens de largo consumo nos supermercados, os preços acumulam alta de 0,94%. Já a cesta de preços industrializados, medidos pela Nielsen, aponta alta de 0,2% de janeiro a outubro.
São Paulo - Após um ano de desaceleração no ritmo de crescimento do volume de vendas nos supermercados , as perspectivas do setor são melhores para 2012 em termos de quantidade de produtos comercializados nos autosserviços. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, o aumento do salário mínimo, de aproximadamente 14%, a partir de janeiro de 2012, terá um reflexo importante na aceleração do consumo. A expectativa do executivo é de que o volume de vendas cresça, ao menos, 3% em 2012.
"Vamos começar bem 2012, com o aumento do salário mínimo", disse, acrescentando que o reajuste terá impacto sobretudo em regiões que contam com o salário mínimo como referencial de renda, como o Nordeste. Honda citou ainda que outras medidas, como a redução promovida pelo Banco Central desde o mês de agosto nos juros, devem se refletir no aumento das vendas em 2012.
De janeiro a outubro, o volume das vendas nos supermercados, principalmente as de produtos industrializados, medido pela Nielsen, a pedido da Abras, acumula crescimento de 2% frente a igual intervalo do ano passado. Esse desempenho representa uma desaceleração frente ao ritmo de 7,1% de aumento do volume das vendas observado nos dez primeiros meses de 2010 ante igual intervalo de 2009. "Em 2010, as vendas estavam muito aquecidas", disse Honda.
No caso das bebidas alcoólicas, de janeiro a outubro de 2010, as vendas avançaram 16,8%, porcentual de aumento que desacelerou para 6,3% no mesmo intervalo de 2011. Situação semelhante ocorreu com perecíveis, com desaceleração no período de 10,2% para 4,7%; em bebidas não alcoólicas, de 11,5% para 2,9%; em higiene e beleza, de 3,6% para 1,9%; em mercearia doce, de 4,9% para 1%; e em limpeza caseira, de 6,6% para 0,8%.
Entre os produtos com maior queda porcentual no volume de vendas neste ano destacam-se sabão em barra (-13,2%), chá (-9,9%), lã de aço (-8,6%), óleo e azeite (-8%), farinha de trigo (-8%), leite condensado (-5,3%), arroz (-4,9%) e café em pó e grãos (-4,3%). No lado oposto, as maiores altas ficaram com vinho (+35,7%), suco de frutas pronto para o consumo (+17,1%), bebidas à base de soja (+13,8%) e chocolate (+12,2%).
Honda avaliou que em 2012 as categorias que mais cresceram em participação na cesta de consumo dos brasileiros, como perecíveis e bebidas devem comandar a aceleração das vendas. "Com mais renda, os consumidores das classes C e D ampliam a cesta de consumo e os das classes A e B, sofisticam", explica.
Outro fator que deve contribuir para uma aceleração é o processo de estabilidade nos preços. Honda pontuou que, até o momento, se observam condições climáticas favoráveis à agricultura, boas perspectivas de safra e commodities sem pressão de alta.
De acordo com a cesta de produtos da Abras, encomendada à GfK, formada por 35 itens de largo consumo nos supermercados, os preços acumulam alta de 0,94%. Já a cesta de preços industrializados, medidos pela Nielsen, aponta alta de 0,2% de janeiro a outubro.