Economia

Vendas no varejo são as mais fracas desde 2008 nos EUA

"É uma temporada perdida", disse Michael McNamara, vice-presidente de pesquisa e análise da Spending Pulse, referindo-se às vendas de 2012


	Nas oito semanas entre 28 de outubro e o Natal, as vendas no varejo para as festas de fim de ano aumentaram 0,7% em comparação com o mesmo período do ano passado
 (Getty Images)

Nas oito semanas entre 28 de outubro e o Natal, as vendas no varejo para as festas de fim de ano aumentaram 0,7% em comparação com o mesmo período do ano passado (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 12h17.

Nova York - A temporada anual de compras das festas de fim de ano foi moderada para muitos varejistas, indicam dados preliminares, refletindo o que alguns especialistas antecipavam que seria o crescimento mais fraco dos gastos desde a recessão de 2008.

Nas oito semanas entre 28 de outubro e o Natal, as vendas no varejo para as festas de fim de ano aumentaram 0,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento Spending Pulse, feito pela MasterCard.

Após registrar queda de 5,5% em 2008, a temporada de festas mostrou forte recuperação em 2009 e 2010. No ano passado, as vendas no varejo cresceram cerca de 2% nesse período, de acordo com dados da operadora de cartões de crédito, baseados na atividade em sua rede de pagamentos e em estimativas para todas as outras formas de pagamentos, incluindo recursos à vista e cheques. Os dados excluem restaurantes e vendas de automóveis, alimentos e gasolina.

"É uma temporada perdida", disse Michael McNamara, vice-presidente de pesquisa e análise da Spending Pulse, referindo-se às vendas de 2012. "As vendas e o volume foram praticamente os mesmos do ano passado, mas o crescimento foi marginal", resumiu.

Para a consultoria de varejo Customer Growth Partners, 2012 parece ser a pior temporada de vendas para as festas desde 2009. As vendas, de acordo com dados da consultoria, cresceram quase 2,8%, bem abaixo do salto de 5,8% registrado em 2011. Essas estimativas se baseiam em dados do governo, informações de varejistas e observações de pesquisadores em lojas, shoppings e na internet.

Até mesmo as vendas online, que tiveram crescimento de dois dígitos nos últimos anos, registraram ganhos moderados em 2012. Nesta temporada, as vendas tiveram um aumento de 8,4% em relação a 2011, para US$ 48 bilhões, segundo a Spending Pulse.

Uma estimativa separada feita pela comScore, que estuda tendências de compras de um milhão de consumidores online e transforma os dados em estatísticas para um projeto amplo sobre comportamento do consumidor americano, o desempenho das vendas online neste ano ficou um ponto porcentual abaixo do esperado, mostrando que as vendas online cresceram 16% em relação ao ano anterior. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ComércioEstados Unidos (EUA)NatalPaíses ricosVarejo

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025