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Vendas no varejo registram queda em junho após 14 altas

Os dados foram coletados com base em consultas feitas pelos comerciantes no momento de efetuar as vendas em cheque ou no crediário

Supermercado em Recife: na comparação com maio, a queda das consultas ficou em quase 5,3% (Lia Lubambo/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 15h40.

Brasília – As vendas no varejo caíram 2,8% no mês passado em comparação com as de junho de 2011. passado. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As duas instituições informaram também que a inadimplência do consumidor caiu 0,27%, na mesma base de comparação.

A queda de vendas no varejo em junho foi a primeira baixa do indicador após 14 elevações seguidas, disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor do SPC Brasil Nelson Barrizzelli. Os dados foram coletados com base em consultas feitas pelos comerciantes no momento de efetuar as vendas em cheque ou no crediário. A última queda, de 5,17%, tinha sido registrada em março do ano passado.

“A consulta é feita quando a venda está sendo realizada. É um mês atípico [junho], porque, sazonalmente, segue-se a maio, que é um mês de altas vendas. A diminuição no nível de consultas pode ser conseqüência da menor procura, em junho, por parte do consumidor”, explicou Barrizzelli.

Na comparação com maio, a queda das consultas ficou em quase 5,3%. No primeiro semestre do ano, houve alta de apenas 3,7%. Mesmo com a queda, o professor Barrizzelli destacou que um estudo de sua autoria mostra que, em 11 anos, a tendência de crescimento das vendas no Natal sempre superou o resultado da mesma época do ano anterior. Segundo ele, foram retirados do estudo os efeitos da inflação para que as comparações não sofressem interferência dos índices.

“Nossa expectativa é que, olhando a economia como um todo, teremos um segundo semestre melhor do que o primeiro. O que faz com que uma economia se mantenha ativa é o emprego, o crescimento da renda familiar e da massa salarial”, disse o professor. De acordo com sua análise, são fatores que estão presentes no Brasil no atual momento.

Sobre a inadimplência, o Serviço de Proteção ao Crédito e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas aconselham os comerciantes a “dar crédito a quem pode assumir o crédito”. Barrizzelli lembrou que o risco de dar crédito para quem não pode assumir levou à crise nos Estados Unidos em 2008. "Dar crédito é bom e é importante, pois movimenta a economia, mas tem que ser cuidadoso.”

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Brasília – As vendas no varejo caíram 2,8% no mês passado em comparação com as de junho de 2011. passado. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As duas instituições informaram também que a inadimplência do consumidor caiu 0,27%, na mesma base de comparação.

A queda de vendas no varejo em junho foi a primeira baixa do indicador após 14 elevações seguidas, disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor do SPC Brasil Nelson Barrizzelli. Os dados foram coletados com base em consultas feitas pelos comerciantes no momento de efetuar as vendas em cheque ou no crediário. A última queda, de 5,17%, tinha sido registrada em março do ano passado.

“A consulta é feita quando a venda está sendo realizada. É um mês atípico [junho], porque, sazonalmente, segue-se a maio, que é um mês de altas vendas. A diminuição no nível de consultas pode ser conseqüência da menor procura, em junho, por parte do consumidor”, explicou Barrizzelli.

Na comparação com maio, a queda das consultas ficou em quase 5,3%. No primeiro semestre do ano, houve alta de apenas 3,7%. Mesmo com a queda, o professor Barrizzelli destacou que um estudo de sua autoria mostra que, em 11 anos, a tendência de crescimento das vendas no Natal sempre superou o resultado da mesma época do ano anterior. Segundo ele, foram retirados do estudo os efeitos da inflação para que as comparações não sofressem interferência dos índices.

“Nossa expectativa é que, olhando a economia como um todo, teremos um segundo semestre melhor do que o primeiro. O que faz com que uma economia se mantenha ativa é o emprego, o crescimento da renda familiar e da massa salarial”, disse o professor. De acordo com sua análise, são fatores que estão presentes no Brasil no atual momento.

Sobre a inadimplência, o Serviço de Proteção ao Crédito e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas aconselham os comerciantes a “dar crédito a quem pode assumir o crédito”. Barrizzelli lembrou que o risco de dar crédito para quem não pode assumir levou à crise nos Estados Unidos em 2008. "Dar crédito é bom e é importante, pois movimenta a economia, mas tem que ser cuidadoso.”

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