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Vendas no varejo dos EUA registram primeiro declínio em 7 meses

Vendas no varejo caíram 0,3% em setembro; o que indica desaceleração nos gastos do consumidor

Consumidores em Nova York: sinais podem alimentar ainda mais os temores do mercado financeiro sobre uma desaceleração mais acentuada do crescimento econômico (Munoz Alvarez/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 11h44.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 11h47.

São Paulo — As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram pela primeira vez em sete meses em setembro, o que pode levantar temores de que a fraqueza liderada pela manufatura esteja se espalhando para a economia em geral, mantendo o Federal Reserve no caminho de reduzir a taxa de juros novamente este mês.

O Departamento de Comércio informou nesta quarta-feira que as vendas no varejo caíram 0,3% no mês passado, com as famílias cortando os gastos com veículos, materiais de construção, hobbies e compras online. Essa foi a primeira e maior queda desde fevereiro.

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Os dados de agosto foram revisados para mostrar que as vendas no varejo aumentaram 0,6%, em vez da taxa de 0,4% informada anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo aumentariam 0,3% em setembro. Em relação a setembro do ano passado, as vendas no varejo subiram 4,1%.

Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas no varejo permaneceram inalteradas no mês passado, após avançar 0,3% - dado não revisado - em agosto. O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde mais estreitamente ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto .

A queda do mês passado e o ganho não revisado de agosto no núcleo das vendas no varejo provavelmente sugere uma desaceleração muito mais significativa nos gastos do consumidor no terceiro trimestre do que os economistas esperavam, após um aumento no trimestre anterior.

Os gastos do consumidor - que representam mais de dois terços da economia - aumentaram a uma taxa anualizada de 4,6% no segundo trimestre, a maior em um ano e meio.

Sinais de uma rápida desaceleração nos gastos do consumidor, na esteira de dados que mostram uma moderação nas contratações e no setor de serviços em setembro, podem alimentar ainda mais os temores do mercado financeiro sobre uma desaceleração mais acentuada do crescimento econômico.

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