Varejo: em relação a setembro de 2016, houve expansão de 6,4% (Krisztian Bocsi//Bloomberg)
Reuters
Publicado em 14 de novembro de 2017 às 09h12.
Última atualização em 14 de novembro de 2017 às 10h10.
Rio de Janeiro/São Paulo - As vendas no varejo do Brasil subiram mais do que o esperado em setembro puxadas sobretudo pelo setor de hipermercados, num movimento de retomada gradual da economia brasileira marcado pela inflação baixa e melhora do mercado de trabalho.
Em setembro, as vendas varejistas avançaram 0,5 por cento sobre o mês anterior, depois de recuarem 0,4 por cento em agosto, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a setembro de 2016, houve expansão de 6,4 por cento. Ambos os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de expansão de 0,4 por cento na comparação mensal e de 5,20 por cento sobre um ano antes.
"A inflação baixa e principalmente a ligeira recuperação do mercado de trabalho leva ao aumento de demanda", explicou a coordenadora da pesquisa no IBGE, Isabella Nunes.
Com isso, o setor fechou o terceiro trimestre com avanço de 0,6 por cento sobre o período anterior, sobre 0,8 por cento registrado no segundo trimestre, destacando o ritmo gradual de retomada da economia após dois anos de recessão.
O IBGE explicou que cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram ganhos em setembro, com destaque para o avanço de 1 por cento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, após crescimento de apenas 0,1 por cento em agosto.
Também exerceram forte influência as vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria (+4,3 por cento) e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+2,9 por cento).
As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, subiram 1 por cento em setembro, com aumento de 0,5 por cento de material de construção.
A confiança também vem se restabelecendo, o que pavimenta o caminho para a recuperação da economia após forte recessão. A expectativa dos economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central é de que o país encerre 2017 com expansão de 0,73 por cento, indo a 2,5 por cento em 2018.