Economia

Vendas no varejo caem mais de 30% no fim de semana por greve, diz Cielo

Faturamento nas regiões Sul e Sudeste tiveram recuos de 37% e 29% no domingo em relação ao ano passado, segundo a empresa

Paralisação nas estradas: setor de farmácias e drogarias aparentemente ainda não acusou os efeitos da greve, segundo executivo (Valter Campanato/ Agência Brasil/Agência Brasil)

Paralisação nas estradas: setor de farmácias e drogarias aparentemente ainda não acusou os efeitos da greve, segundo executivo (Valter Campanato/ Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 28 de maio de 2018 às 22h08.

São Paulo - As vendas no varejo no país ampliaram a queda fortemente nos últimos dias em meio ao agravamento dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, afirmou à Reuters nesta segunda-feira um executivo da empresa de meios de pagamentos Cielo.

Segundo dados do ICVA, índice da companhia que mede a atividade do varejo, o faturamento do varejo no sábado caiu 20 por cento ante data comparável do ano passado. No domingo, a queda foi de 28 por cento. As maiores quedas foram nas regiões Sul e Sudeste do país, com recuos de 37 e 29 por cento no domingo.

Segundo o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, apesar das dúvidas em relação aos desdobramentos da paralisação nos próximos dias, já é possível apontar um recuo do setor ante maio do ano passado.

"Provavelmente vai ter uma desaceleração", disse o executivo.

O setor mais atingido foi naturalmente o de postos de combustíveis. Entre terça e quinta-feira da semana passada, o setor teve um pico de faturamento, com altas de cerca de 30 por cento em relação a datas comparáveis do ano passado, com pessoas correndo aos postos para encher o tanque de seus veículos.

"Mas esse efeito já foi mais do que compensado pela queda forte a partir de sexta-feira, com o esvaziamento dos postos", disse Mariotto.

Um movimento parecido de menor intensidade vem acontecendo em outras áreas, como os supermercados e estabelecimentos que comercializam alimentos, como restaurantes, disse ele.

Uma das poucas exceções, por enquanto, é o setor de farmácias e drogarias, que aparentemente ainda não acusou os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, concluiu.

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