Economia

Vendas na Páscoa devem subir e vagas de trabalho recuar, diz CNC

Segundo a CNC, a Páscoa deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país, um crescimento de 1,3% em volume de vendas em relação ao ano passado

Páscoa: expectativa é que sejam gerados 10,7 mil postos de emprego no período (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Páscoa: expectativa é que sejam gerados 10,7 mil postos de emprego no período (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de março de 2017 às 14h54.

A Páscoa deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país, um crescimento de 1,3% em volume de vendas - já descontada a inflação -, na comparação com 2016.

A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este pode ser o maior aumento real de faturamento para o período desde 2014, quando a variação no volume de vendas foi de +2,6%. Já a geração de vagas será menor em relação ao ano passado.

A expectativa é que sejam gerados 10,7 mil postos de emprego, sendo que, no ano passado, foram 11,3 mil. Os supermercados responderão por 60% das vagas geradas e pagarão um salário médio de admissão de R$ 1.170.

Segundo a CNC, o aumento nas vendas tem relação direta com a queda nos preços, pois a variação média da cesta composta por bens e serviços mais demandados nesta data (4,6%) foi a menor desde o mesmo período de 2008.

Efeitos do câmbio

"Além do longo período de queda da demanda, o comportamento da taxa de câmbio tem contribuído para o menor ritmo de reajuste de preços desses produtos. Durante o período de formação dos estoques do varejo para a páscoa, também houve um recuo de 17,4% do dólar frente ao real, comportamento inédito para os últimos sete anos", explica Fabio Bentes, economista da CNC.

Somente o chocolate sofreu aumento expressivo, segundo o estudo, que teve alta de 14,6% por conta da alteração da fórmula de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Os preços dos demais produtos registraram desaceleração ou queda em relação à páscoa de 2016, destacando-se passagens aéreas (-1,3%) e combustíveis (-0,8%).

Ainda segundo a CNC, a absorção de mão de obra deve ser praticamente nula, seguindo o ritmo dos últimos três anos. O baixo aumento das vendas e a improvável reversão das condições de consumo no curto prazo são os principais fatores.

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