Economia

Vendas em junho têm menor alta em 10 meses, diz Mastercard

Desempenho do varejo foi influenciado por altas nos segmentos de produtos farmacêuticos, higiene pessoal, supermercados, itens domésticos e de construção


	Varejo: setores de roupas, móveis, eletrodomésticos e combustíveis ficaram abaixo da média
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Varejo: setores de roupas, móveis, eletrodomésticos e combustíveis ficaram abaixo da média (REUTERS/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 14h36.

Rio - O varejo brasileiro registrou uma alta de 1,5% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o levantamento Spending Pulse, da Mastercard Advisors. Este é o menor crescimento desde agosto de 2013.

O relatório, obtido com exclusividade pela reportagem, é elaborado a partir dos resultados de vendas com os equipamentos da rede Mastercard, além de estimativas com outras fontes de pagamento, como dinheiro e cheque.

De acordo com o estudo, o desempenho do varejo em junho foi influenciado por cinco segmentos que apresentaram altas nas vendas acima da média geral, como produtos farmacêuticos, higiene pessoal, supermercados, itens domésticos e materiais de construção.

Na contramão, os setores de roupas, móveis, eletrodomésticos e combustíveis tiveram índices abaixo da média total.

Na variação trimestral, o volume de vendas teve expansão de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho, entretanto, revela uma desaceleração frente ao primeiro trimestre do ano, quando a expansão registrada foi de 5,9%.

Na avaliação da Mastercard, em junho a pressão inflacionária alcançou o nível mais alto, que pode ter afetado o poder de compra dos consumidores.

Para os próximos meses, a projeção é de uma desaceleração ainda maior do consumo em decorrência da inflação, mesmo com os "esforços" do Banco Central para conter a alta de preços.

"É preocupante que, nestes meses, os gastos discricionários não se tornaram evidentes no setor varejista brasileiro", afirma a vice-presidente e chefe do Market Insights da MasterCard Advisors, Sarah Quinlan.

Apesar do freio nos gastos, os consumidores demonstram mais otimismo, segundo o levantamento da Mastercard. Em junho, o índice de confiança subiu 1% se comparado ao mês anterior, com ajuste sazonal. O crescimento salarial médio em 12 meses alcançou alta de 2,8% e a taxa de desemprego manteve-se estável.

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