São Paulo - As vendas domésticas de materiais de construção diminuíram 1,41 por cento em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira a associação que representa o setor no país, Abramat.

Já em relação ao mês imediatamente anterior, o recuo foi maior, com as vendas caindo 4,14 por cento.

A queda, segundo a entidade, reflete efeitos das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo desde o final de 2010, sobretudo aquelas voltadas a combater a inflação.

No primeiro quadrimestre de 2011, o varejo de materiais acumula crescimento de 0,96 por cento ante os mesmos meses do último ano. Enquanto isso, em 12 meses, a alta acumulada é de 6,14 por cento.

"Isso mostra que o setor continuará crescendo e acompanhará a tendência da economia brasileira como um todo", afirma o presidente da Abramat, Melvyn Fox, em nota.

A entidade manteve, para o fechado de 2011, perspectiva de alta de 7 por cento nas vendas do setor.

Em abril, as vendas de materiais básicos caíram 5,44 por cento ano a ano, enquanto as de insumos de acabamento aumentaram 7,08 por cento.

"É provável que o comportamento se equilibre entre os materiais de base e acabamento nos próximos meses. O ciclo natural de uma obra pode durar de um ano e meio a dois anos em média", assinala Fox.

A Abramat informou também que, no mês passado, o número de empregos na indústria de materiais teve expansão de 3,57 por cento na relação anual. Em comparação a março, contudo, houve queda de 2,79 por cento.