Vendas de materiais de construção caem 16,4% em fevereiro
Resultado no primeiro bimestre ficou muito aquém do esperado pela Abramat, associação que representa o setor
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2015 às 09h30.
Rio de Janeiro - As vendas de materiais de construção no Brasil caíram 16,4 por cento em fevereiro sobre um ano antes, no décimo segundo resultado negativo da série, informou a Abramat, associação que representa o setor, nesta quarta-feira.
Em relação a janeiro, o recuo foi de 6,4 por cento, e no acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas diminuíram 13,9 por cento na comparação anual.
O resultado no primeiro bimestre ficou muito aquém do esperado pela associação.
Além do menor número de dias úteis em fevereiro, o baixo nível de confiança do consumidor, o menor número de lançamentos no mercado imobiliário residencial e comercial e a estagnação do setor de infraestrutura pressionaram os resultados, de acordo com o presidente da Abramat, Walter Cover.
A Abramat prevê avanço de 1 por cento nas vendas em 2015 frente ao ano passado, mas este percentual está sujeito a uma reavaliação a partir dos resultados de março do setor.
Entre os fatores que podem beneficiar o segmento, estão a esperada definição da terceira fase do programa habitacional federal Minha Casa Minha Vida.
O programa usa cerca de 7 por cento do material de construção vendido no Brasil e este número pode "chegar facilmente a 10 por cento", segundo o presidente da entidade.
Cover acrescentou, ainda, que a evolução do dólar pode impulsionar as exportações do setor, que somente em janeiro já cresceram 26 por cento.
Também pode ocorrer uma substituição de importações, que hoje chegam a 12 bilhões de reais no setor, cerca de 6 por cento do total utilizado no país.
"Nossos empresários estão achando que março está um pouco melhor do que fevereiro. Não quer dizer que vai recuperar o acumulado de queda de 13,9 por cento no ano", disse Cover.
O nível de emprego na indústria de materiais de construção, em fevereiro apresentou queda de 10,2 por cento ano a ano.
Na comparação com o mês de janeiro apresentou ligeiro crescimento, de 0,3 por cento. "Se a gente mantiver esta premissa de recuperação, a indústria para de demitir", disse Cover.
Em fevereiro, os resultados das vendas da indústria de materiais básicos ficaram abaixo dos resultados das vendas de insumos de acabamento em todos os indicadores, inclusive com queda mais acentuada do nível de emprego.
O faturamento da indústria de materiais básicos caiu 17,6 por cento em fevereiro na comparação anual e 7,6 por cento mês a mês. No acumulado do primeiro bimestre, o recuo chega a 15,8 por cento.
O nível de emprego do segmento caiu 13,6 por cento na comparação com fevereiro do ano passado, mas em relação a janeiro ficou praticamente estável, com queda de 0,1 por cento.
No segmento de materiais de acabamento, as vendas caíram 13,6 por cento na comparação anual e 3,3 por cento na mensal. O recuo nos dois primeiros meses do ano chegou a 10,7 por cento. Já o nível de emprego caiu 4,7 por cento no mês passado sobre 2014, mas cresceu 0,9 por cento sobre janeiro.
Rio de Janeiro - As vendas de materiais de construção no Brasil caíram 16,4 por cento em fevereiro sobre um ano antes, no décimo segundo resultado negativo da série, informou a Abramat, associação que representa o setor, nesta quarta-feira.
Em relação a janeiro, o recuo foi de 6,4 por cento, e no acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas diminuíram 13,9 por cento na comparação anual.
O resultado no primeiro bimestre ficou muito aquém do esperado pela associação.
Além do menor número de dias úteis em fevereiro, o baixo nível de confiança do consumidor, o menor número de lançamentos no mercado imobiliário residencial e comercial e a estagnação do setor de infraestrutura pressionaram os resultados, de acordo com o presidente da Abramat, Walter Cover.
A Abramat prevê avanço de 1 por cento nas vendas em 2015 frente ao ano passado, mas este percentual está sujeito a uma reavaliação a partir dos resultados de março do setor.
Entre os fatores que podem beneficiar o segmento, estão a esperada definição da terceira fase do programa habitacional federal Minha Casa Minha Vida.
O programa usa cerca de 7 por cento do material de construção vendido no Brasil e este número pode "chegar facilmente a 10 por cento", segundo o presidente da entidade.
Cover acrescentou, ainda, que a evolução do dólar pode impulsionar as exportações do setor, que somente em janeiro já cresceram 26 por cento.
Também pode ocorrer uma substituição de importações, que hoje chegam a 12 bilhões de reais no setor, cerca de 6 por cento do total utilizado no país.
"Nossos empresários estão achando que março está um pouco melhor do que fevereiro. Não quer dizer que vai recuperar o acumulado de queda de 13,9 por cento no ano", disse Cover.
O nível de emprego na indústria de materiais de construção, em fevereiro apresentou queda de 10,2 por cento ano a ano.
Na comparação com o mês de janeiro apresentou ligeiro crescimento, de 0,3 por cento. "Se a gente mantiver esta premissa de recuperação, a indústria para de demitir", disse Cover.
Em fevereiro, os resultados das vendas da indústria de materiais básicos ficaram abaixo dos resultados das vendas de insumos de acabamento em todos os indicadores, inclusive com queda mais acentuada do nível de emprego.
O faturamento da indústria de materiais básicos caiu 17,6 por cento em fevereiro na comparação anual e 7,6 por cento mês a mês. No acumulado do primeiro bimestre, o recuo chega a 15,8 por cento.
O nível de emprego do segmento caiu 13,6 por cento na comparação com fevereiro do ano passado, mas em relação a janeiro ficou praticamente estável, com queda de 0,1 por cento.
No segmento de materiais de acabamento, as vendas caíram 13,6 por cento na comparação anual e 3,3 por cento na mensal. O recuo nos dois primeiros meses do ano chegou a 10,7 por cento. Já o nível de emprego caiu 4,7 por cento no mês passado sobre 2014, mas cresceu 0,9 por cento sobre janeiro.