Venda de carros usados: fraco desempenho piorará se os fabricantes automobilísticos não aplicarem as medidas adequadas, acrescenta o estudo (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 12h19.
Frankfurt - As vendas nacionais de automóveis se estagnaram em 3,7 milhões de unidades em 2013, onde os fabricantes se esforçam para conseguir rentabilidade e devem se preparar para tempos difíceis, segundo um estudo da empresa de consultoria Roland Berger.
Além disso, as margens de lucro caíram para um novo mínimo de 2% como resultado do aumento dos custos trabalhistas e falta de competitividade.
O fraco desempenho piorará se os fabricantes automobilísticos não aplicarem as medidas adequadas, acrescenta o estudo.
A empresa Roland Berger prevê apenas um pequeno crescimento do setor automobilístico para 2014 dada a atual situação econômica no Brasil.
No entanto, o setor de veículos comerciais promete um crescimento anual de 10%.
De acordo com a consultoria, os impostos e custos não salariais por trabalhador são quase tão elevados como a própria remuneração e estas despesas subirão nos próximos anos entre 7% e 8%.
Os custos das matérias-primas e componentes são muito mais elevados do que em outros países, entre 15 e 20% maior do que na Europa, por exemplo.
A atual taxa de câmbio dificulta os preços dos componentes importados, o que pode fazer com que no futuro muitas empresas adquiram mais componentes dentro do mercado brasileiro.
Os custos logísticos também são muito altos devido à falta de eficiência no transporte, burocracia, limites para carga e descarga nos centros das cidades e os custos de seguros.
Os fabricantes de automóveis vão enfrentar uma queda da rentabilidade de 6% em 2014, comparado a 2012, devido à baixa competitividade e ao aumento dos custos anuais.